(Tradução)
Após a guerra, todos os Comensais da Morte marcados são presos em Azkaban por um período mínimo de quinze anos.
Depois de uma dura luta, Harry Potter e Blaise Zabini conseguiram libertar alguns dos Comensais da Morte sob certas condições...
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Era o primeiro dia do resto da sua vida, Draco decidiu. O primeiro dia de uma nova vida: uma vida onde o seu passado nunca teria existido.
Ele nunca sentiu tantos sentimentos ao mesmo tempo, tantas emoções contraditórias, mas intensas. Embora seu corpo inicialmente tivesse congelado de surpresa, seus músculos finalmente relaxaram quando sentiu a sensação agradável de um corpo tão próximo do seu. Mas ela não era qualquer pessoa, ele foi percebendo aos poucos.
Alguns meses antes, ele teria caído de próstata no canto da sala para fugir o mais rápido possível do perigo representado por outra pessoa. Alguns meses antes, ele teria gritado por misericórdia. Alguns meses antes, ele teria entrado em pânico ao simples toque de uma mão em seu braço.
No entanto, ele permaneceu agachado, o rosto relaxado, os músculos frouxos e o coração cantando ao ritmo de suas emoções transbordantes. Como ele conseguiu passar toda a vida sem uma sensação tão delicada e agradável? Como ele poderia ter ignorado os avanços feitos por jovens ansiosas por conhecê-lo, mesmo que apenas por sua popularidade? Como poderia ele recusar ser abordado alegando que tinha pouco interesse em fazê-lo? Como ele poderia ter vivido tantos anos sem a satisfação de ser beijado?
Porque foi um beijo. Ele estava sendo beijado. Hermione Granger o estava beijando. Ela colocou seus lábios contra os dele e fechou os olhos para saborear essa estranha conexão, felizmente inconsciente da curta jornada de Draco através de suas memórias. Ela havia chegado perto o suficiente para que seus narizes roçassem um no outro.
O coração de Draco parecia prestes a explodir em seu peito. Então era assim que era beijar alguém? Dar uma parte de você a eles como forma de demonstrar seu carinho? Foi tão simples? Tão precioso e delicioso?
Era suave em seus lábios. Uma carícia em seus lábios rachados, danificados por suas ansiedades e ruminações. Uma carícia nas cicatrizes ainda visíveis das feridas que ele gostaria de esquecer. Uma carícia que curou e fechou um passado que finalmente começava a enterrar.
Era requintado, o deleite mais delicioso que ele já havia provado. Mesmo as iguarias servidas nos maiores palácios e confeccionadas pelas mãos dos mais renomados chefs não se comparavam. Os lábios que ele tocava tinham gosto de esperança, renovação, sinceridade e... e futuro . Um novo futuro, um novo começo, uma nova vida. Foi bom, parecia certo. Parecia simples.
Suas respirações se misturaram, embora seus meses não estivessem se movendo. Draco, com medo de arruinar aquele momento precioso e celestial, não se atreveu a mover um músculo. Ele estava com medo de estragar tudo, de acabar com aquilo que fazia seu coração bater tão rápido. Ele não sabia o que fazer, nunca tinha aprendido. Ele nunca leu nada sobre isso; tudo parecia tão simples nos livros, nos romances de aventura que lia. Mesmo a poesia não foi suficiente para descrever como deveria ser um beijo.
