— Sim Elise, eu peguei tudo. – eu tinha meu celular apoiado em meu ombro enquanto eu encaixava minha mala, a de Camila e outras coisas no porta malas. — Eu mando uma mensagem quando estiver chegando, até mais. – disse desligando e vendo a cupido de óculos escuros e boné se aproximar. — Se preparou mesmo pra essas férias de verão, não é? – perguntei rindo jogando as chaves do carro pra cima e as pegando de volta.
— Só estou animada, é pecado? – ri sem graça.
— De modo algum, a gente vai curtir muito. – logo respondi beijando sua testa. — Mas precisamos ir logo se quisermos chegar antes de escurecer. – comentei e ela concordou, entramos na Mercedes-Benz e dei partida em direção a casa de campo, ela ficava localizada há umas 4h do centro de Seattle e era cercada de natureza.
Eu tinha grandes expectativas
Era nosso primeiro verão
Bom, eu acho
Algum tempo depois virei minha atenção para Camila por breves instantes, ela dormia serena com os pés juntos a si totalmente encolhida e a cabeça repousada na janela. Sorri com a cena é voltei a atenção para a estrada, depois de várias sonecas - de Camila - e conversas aleatórias, lanchinhos de posto de gasolina enfim, chegamos ao nosso destino.
— Mamães! Elas chegaram! – um garotinho moreno de cabelos ondulados correu até nós e a celestial logo se abaixou ficando da altura do mesmo.
— E quem é você hein? – ela indagou divertida.
— Sou Luca! Muito prazer moça bonita. – apertou a mão de Camila e ela sorriu com a gentileza do menino, revirei os olhos. — Sabia que eu sou filho da mamãe Natasha e da mamãe Elise?
Ok, eu tive ciúmes de uma criança
— É, eu ouvi muito sobre você. – a mulher fez um carinho em seu cabelo e ele sorriu com o ato.
Será que ela esqueceu que eu tô aqui?
Não é possível que esse pirralho pegou a atenção dela toda pra si
— Vocês chegaram! – Natasha veio até nós e Elise logo atrás. — Como foi a viagem?
— Foi boa. – comentei pigarreando. — Então-
— Moça bonita quer ver meu desenho? – a voz do garoto me cortou e eu franzi o cenho.
— Luca?! – Elise o repreendeu.
— Tudo bem Eli. – Camila a tranquilizou. — Claro que eu quero ver, me mostre todos! – eles entraram na casa e ela me olhou uma última vez silabando um "desculpa".
Pestinha esperto
— Acho que ele já escolheu a tia que gosta mais. – Natasha comentou rindo e eu lhe dei o dedo do meio, nós rimos e elas me ajudaram com as bagagens. Entramos na casa aonde o cheiro de comida caseira se fazia presente, subi com as malas pra nosso quarto e engoli em seco, eu já havia dormido com a Camila antes mas nada sexual.
Era diferente com ela, eu não tinha necessidade de avançar o sinal e nem queria se isso não fosse da vontade dela mas caso contrário, eu sinceramente não sei o que aconteceria. Só de pensar nessa hipótese eu entro em combustão mental, senti minhas bochechas queimarem em vergonha e espremi meus olhos tentando afastar os pensamentos sobre isso mas falhei miseravelmente. Seria sonhar demais tocar em sua pele macia e bronzeada? Ou beijar todo seu corpo incansavelmente? Talvez ter meu nome saindo de maneira tão suja de uma boca tão ingênua?
— S/n? – tomei um leve susto ao ser tirada dos meus devaneios pela cupido. — Tudo bem? – perguntou rindo e eu assenti.
— Tudo sim, só tava colocando nossas coisas aqui. – dei ombros.
— Ah...
— Pode voltar pra o seu amiguinho, já conferiu se eu estou bem. – a provoquei e ela soltou uma leve risada. — Estou falando sério Camila.
— Amiguinho? – arqueou as sobrancelhas se aproximando. — S/n, você está com ciúmes? – ela perguntou se envolvendo em meus braços. — Eu não acredito que está com ciúmes de um garotinho!
Fiquei em silêncio emburrada e ela cerrou os olhos incrédula.
— Poxa, você mal olhou pra mim desde que chegamos. – respondi suspirando e ela deu uma risada.
— Não se preocupe Dra. – ela me deu um selinho. — Te dou toda minha atenção mais tarde. – olhou em meus olhos e eu me perdi na intensidade castanha deles.
— Promete?
— Uhum. – ergueu o mindinho e assim o fiz, beijei sua mão e ela empurrou meu rosto levemente. — Boba. – descemos as escadas rindo da situação. — O baixinho é adorável, vai me culpar?
— Bom, e eu nunca gostei de crianças mesmo. – dei ombros. — Estamos quites. – pisquei para a mulher que apenas riu negando com a cabeça.
Revirei os olhos antes de chegarmos na cozinha e a família estar se preparando para jantar, logo ajudamos a arrumar a mesa. Camila estava encantada com o garotinho, e vice versa, pois de duas frases em três ele dizia: "Camila" ou "Moça bonita". Após o jantar eu estava sentada na poltrona da sala olhando para o teto apenas pensando em como o macarrão ao molho branco de Elise pode ser tão gostoso, até sentir uma mãozinha puxar meu braço.
— Oi. – o baixinho disse e franzi o cenho. — Minha mamãe disse que você e a moça bonita namoram, é verdade? – petrifiquei até ver a figure de Elise e Natasha segurando o riso e Camila escondendo seu rosto com as mãos.
— Por que está perguntando isso Luca? – ajeitei a postura.
— Ué, se você não for namorada dela eu vou namorar ela quando eu crescer. – ele deu ombros como se fosse algo trivial. — Ela pode me esperar, não é?
— Eu acho que não é assim que as coisas funcionam baixinho. – eu ri da cena por mais fura olho, o danadinho sabia ser fofo. — Você ainda vai ter muito tempo pra pensar nisso quando crescer.
Pestinha adorável
— Ah, tudo bem. – ele deu ombros. — Futebol é mais legal mesmo. – sorri com a frase e baguncei o cabelo do garoto.
— E sim. – ele me olhou com confusão. — A moça bonita é minha namorada.
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love is not real | cc + you
Fanfictionna qual s/n é uma cética que não acredita em amor verdadeiro então o destino envia camila, sua cupido, para fazê-la crer no amor e orienta-la na busca de sua alma gêmea. mas, o que acontece quando sua própria cupido se apaixona por você?