— Então, Lauren. – disse seu nome mais uma vez cruzando os braços e encostando no batente da porta, dei meu melhor olhar acompanhado de um sorriso atrevido e bingo: ela sorriu de volta. — Você é nova por aqui?
— Ah sim, 304. – apontou para baixo já que eu morava na cobertura, bebi minha cerveja ainda a observando. — Ainda não vi "nada de interessante" na cidade.
— Tem certeza? – eu disse e acabamos por rir suavemente, usei um tom provocativo e ela pareceu gostar pois inclinou a cabeça mordendo o lábio inferior.
— Não totalmente. – me olhou de cima a baixo e eu arqueei as sobrancelhas. — Mas de qualquer forma, podemos mudar isso uma outra hora, tenho que resolver alguns assuntos. – concordei. — Até S/n.
— Vai ser um prazer te apresentar lugares interessantes. – pisquei e ela sorriu provocativa antes de sair.
Lista "próximas fodas":
• Lauren Jauregui
Fechei a porta virando todo o conteúdo da garrafa de cerveja pela minha garganta, logo fitei uma imagem de uma Camila parada a minha frente.
— O que? – ela revirou os olhos.
— Tudo o que você consegue pensar é sexo? – ela perguntou com um tom indignado e se sentou no sofá.
— Você tá lendo meus pensamentos? – perguntei cerrando os olhos.
— Não posso fazer isso mas sei que é o que está pensando. – respondeu e eu dei ombros.
— Olha, eu já tinha te falado que eu sou um caso perdido. – coloquei a garrafa de vidro sobre a mesa de centro. — O amor não existe, são apenas hormônios e romances idealistas, uma combinação que resulta na reprodução dessa coisa que as pessoas ousam chamar de amor.
— Dizer que não acredita em amor, é dizer que não existo S/n. – ela disse.
— Você. – dei uma risada sarcástica. — Sinceramente, é algo que me intriga. – me aproximei da cupido o suficiente para sentir sua respiração. — Mas não vou perder meu tempo com isso, eu não me importo com você.
Ela engoliu em seco e vi seu olhar desviar de meus olhos, parecia procurar palavras pra responder a minha altura mas não havia reação, apenas dei uma risada irônica e fui até o meu escritório. Precisava ocupar a mente, meus pensamentos estavam conturbados e meu corpo pedia por mais álcool, assim o fiz. Entrei no cômodo e peguei meu Jack Daniel's me servindo num copo, bebi o líquido sentindo o mesmo rasgar minha garganta a fundo.
Respirei fundo, parecia que eu estava a beira da insanidade então peguei um livro de Bukowski, meu escritor favorito, lendo suas palavras pessimistas e misantropas.
Era tudo o que eu precisava
Adormeci na minha poltrona com um dos livros de poemas sobre meu rosto e acordei com a claridade, abri os olhos com dificuldades e minha cabeça latejava. Grunhi com a dor e me levantei ainda cambaleante, me apoiei nas paredes até o banheiro, onde tomei uma ducha e me preparei para o trabalho. Confesso que estava com saudades de vestir minhas camisas sociais de seda, apenas me vesti e fui até a cozinha em busca de algo para comer.
Suspirei aliviada pois não havia nenhum sinal de Camila, peguei uma maçã e saquei meu celular caminhando até a garagem. Assim que chequei minhas notificações, guardei o aparelho em meu bolso e entrei em meu carro, dei partida e dirigi até o hospital com uma música qualquer na rádio.
[...]
Estacionei a Mercedes-Benz e sai do automóvel atraindo olhares de alguns colegas, entrei no prédio e fui até meu armário onde vesti meu jaleco. Ajeitei o tecido em meu corpo e me olhei no espelho.
Estava com saudades disso
Sai do local e fui até o hall, cumprimentei as recepcionistas com um aceno que logo retribuíram.
— S/a! – Elise disse animada ao me ver e me abraçou.
— Então a "neuro-gênio" voltou. – escutei a voz debochada de Shawn preencher o local, revirei os olhos com sua provocação. Este era um apelido que recebi dos veteranos ainda quando era residente, eu nunca falhei em nenhuma das minhas cirurgias e sempre as executava com muito êxito. Eu não me gabava mas no fundo sabia, eu era a melhor cirurgiã dentre todos ali.
— Sentiu saudades Shawn? – retruquei no mesmo tom provocativo, o homem sempre fora competitivo e não perdia uma oportunidade de se provar o melhor, porém eu estava ali então suas tentativas eram falhas. Não me restavam dúvidas que ele tinha uma tremenda inveja de todos meus méritos médicos. — Eu sei que sim, deve ter sido difícil ter todos processos cirúrgicos com complicações. – ele abriu a boca diversas vezes tentando refutar mas Natasha o interrompeu.
— S/n! Finalmente voltou! – me abraçou e eu dei um sorrisinho vitorioso.
— Enfim, tenho um paciente para consultar. – pegou sua ficha. — Com licença. – saiu com uma expressão frustrada e eu dei uma risada.
— Um dia ele vai surtar por não conseguir roubar seu estrelismo. – Elise disse colocando as mãos no bolso do jaleco.
— É uma pena pra ele então. – comentei e requisitei minha ficha para a recepcionista que logo atendeu meu pedido. — Bom, estou feliz por ver vocês e por estar de volta, de verdade.
— Esse hospital fica meio sem graça sem o seu egocentrismo sabe? – Negovanlis disse e nós rimos.
— Almoço juntas então? – Elise perguntou e concordamos. — Vejo vocês mais tarde, tenho um garoto de perna quebrada me esperando. – piscou e saiu, acenei antes de pegar um caso e ir até a ala do paciente para recolher mais dados.
[...]
— Cara eu não sei como você consegue dormir com tantas pessoas ao mesmo tempo? – Elise disse e eu dei uma risada.
— Não é ao mesmo tempo. – respondi e comi uma batata. — Tecnicamente.
— E a Haiz? – Natasha questionou e eu resmunguei. — O que foi? Ela é sua amiga, não é?
— É mas, sei lá. – dei ombros. — Ela disse que precisava de tempo e isso o que estou dando a ela.
— Acha que depois disso ela irá vir atrás de você? – a loira perguntou de forma retórica e riu ironicamente. — Precisa ser menos orgulhosa e mostrar que se importa, até a Hailee tem um ego sabia?
— Até ela tem um ego.
[n/a: vontade de dar um tiro em si mesmo nessa fic ne?]
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love is not real | cc + you
Fanfictionna qual s/n é uma cética que não acredita em amor verdadeiro então o destino envia camila, sua cupido, para fazê-la crer no amor e orienta-la na busca de sua alma gêmea. mas, o que acontece quando sua própria cupido se apaixona por você?