thoughts and thoughts

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— Pausa... – eu disse ofegante. — Por favor. – eu estava suada e minha garganta pedia uma garrafa de água.

— Você é uma bunda mole mesmo. – Natasha comentou rindo e paramos de correr, começamos a caminhar até um quiosque onde compramos garrafas de água. Nos sentamos em um banco do parque para descansar e enquanto eu tomava o líquido me saciando, minha melhor amiga tinha um olhar distante e preocupado como se tivesse pensando em algo.

— O que houve? – perguntei e ela suspirou.

—Elise quer filhos e eu não sei se estou pronta, S/n isso é assustador.

— Filhos? – perguntei novamente e ela assentiu com a cabeça com uma expressão como quem estava frustrada. — Céus, você ta fodida.

— Era pra você me ajudar sua idiota. – ela reclamou e eu não segurei a risada.

— Fala sério Nat, você sabia que uma hora ou outra vocês iam acabar nessa fase. – coloquei a mão sobre seu ombro consolando-a. — Sabe a vantagem de ser uma solteira solitária? É que nunca vou chegar nela.

— Uma hora ou outra você vai acabar se apaixonando e vai ter vontade de formar uma família. – ela disse e eu quase bocejei, teria que esperar num caixão se isso realmente fosse acontecer. — O problema é que eu quero filhos também mas tenho medo de ser uma péssima mãe.

— O que? – saiu quase num sussurro e eu ri desacreditada. — Você e Elise são pessoas incríveis, tenho certeza que vão criar um pestinha maravilhoso também.

— Amanhã vamos visitar um orfanato sabia? Céus, acho que vou morrer de ansiedade. – acabamos por rir.

— Vocês vão ser as melhores mães do mundo, fica tranquila. – dei um sorriso casto para a mesma e ela retribuiu.

— Obrigada S/a. – então meu celular soou seu som de notificação, peguei o mesmo do meu bolso e vi que era uma mensagem de Harry.

harry:

você deixou seu cachecol aqui

tava pensando em te entregar num próximo encontro

— Quem é a vítima? – mostrei uma careta a mulher que riu.

— É o Harry, o cara do bar.

— Ah, o substituto né? – revirei os olhos dessa vez soltando um pequeno sorriso. — Brincadeira, mas com ele, as coisas estão indo bem?

— Pra ser sincera, na maior parte do tempo ele é entediante mas o sexo é selvagem e bom. – dei o último gole na água que restava na garrafa. — Ah, no nosso último encontro ele me levou pra uma pista de gelo acredita? Sério, que clichê. – Natasha ria enquanto escutava e acabamos por levantar e caminhar para nosso destino novamente. — No final foi até legal mas sei lá, muito romântico eca.

— O cara é daqueles que te trata como um príncipe encantado mas transa violento então. – ela disse sua análise. — Você sabia que muitas mulheres iriam amar viver isso né?

— Sim, ele é um gostoso também. – saquei meu celular e mostrei a foto do perfil do olhos verdes para Natasha que ergueu as sobrancelhas.

— Garota?! – me olhou surpresa. — Você é um imã de pessoas extremamente bonitas ou algo assim? Primeiro Hailee e agora... – deu uma pausa. — Uau.

— Pois é. – guardei meu celular no bolso novamente.

— Por falar na Haiz, tem tido notícias dela?

— Ah não. – falei desanimada. — Faz dias que não sei nada sobre ela, isso me deixa até um pouco preocupada. – então minha amiga me deu sua expressão sugestiva como quem dissesse: "você está apaixonada é?" e eu a empurrei de leve para o lado. — Para com isso Negovanlis!

— Ah é? Por que?

— Você sabe que eu não consigo ter esses sentimentos. – me recordei das sensações que tive quando tive Camila ao meu lado da última vez.

Camila

Ela anda evitando aparecer para mim desde aquele dia, algo aconteceu naquele dia e eu não sei dizer o que foi mas de qualquer maneira, aconteceu.

— Eu sei que logo alguém vai despertar esses sentimentos em você-

— Podemos parar de falar sobre isso? Apenas a idéia de me apaixonar me dá náuseas. – cortei minha amiga e continuamos a caminhar.

(...)

Cheguei em casa e fui direto para o banho, deixei a água cair sobre meus músculos e passei um bom tempo no banheiro refletindo sobre tudo e inclusive sobre a cupido que uma hora ou sempre sempre acabava pousando em meus pensamentos.

É impossível, pare com esses pensamentos S/n!

Então apoiei minha mão com certa força na parede de mármore preta, apenas a luz baixa dos espelhos estavam ligadas e então eu levei a outra mão até meu cabelo erguendo a cabeça. Amanhã eu voltaria para o hospital então estaria ocupada o bastante para não ter esses pensamentos.

Enfim quando acabei meu banho, me sequei e vesti um roupão de ceda, estava calor então não me preocupei de usar nada por baixo. Peguei uma garrafa de cerveja, como o habitual e me joguei no sofá colocando uma série da minha lista na tv. Infelizmente a minha paz não durou muito até a minha campainha tocar.

— Mas que inferno, não faz cinco minutos que eu sentei nesse caralho. – resmunguei baixo levando a garrafa até meus lábios e abri a porta revelando uma mulher de boa aparência.

Ela é realmente gostosa

Muito, aliás

— Uh, eu poderia te ajudar? – perguntei me encostando no batente da porta lançando um olhar de cima a baixo para a mulher.

Ela tinha a pele alva, clara como a neve, os olhos verdes e o cabelo negro. Era como uma sinfonia completamente harmônica, além das curvas que eram invejáveis.

Eu precisava dela, na minha cama, gemendo meu nome

— Eu apenas queria me apresentar. – deu a mão para um aperto e eu logo o fiz. — Lauren Jauregui.

— É um prazer. – eu disse fitando seus olhos intensamente. — Lauren. – silabei seu nome e um sorriso casto se formou no canto de seus lábios.

Isso vai ser interessante

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