Capítulo 7 ✨

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Pov Brunna

"I am a Barbie girl, in a Barbie world..."

De longe ouvi as líricas que jurava fazer
parte do meu passado enterrado, lacrado e
esquecido, então.. rapidamente despertei
quando recordei da brincadeira de mal gosto da Júlia.

Mas a flacidez dos meus músculos parou-me.

Uau, suspirei contente. Há muito não acordava tão... relaxada...? Ajeite-me na super confortável e quente almofada. Quente...? Almofadas não eram quentes, eram?

Recobrei a consciência e deparei-me com Ludmila. Praticamente saltei da cama, se não fosse pelo pé, não, o braço na minha cintura que impedia-me de sair. Minha nossa, tomei consciência do meu corpo.

Nua! Uau, ooookay... o que foi que aconteceu aqui mesmo?

"I am a Barbie girl, in a Barbie world..."

O toque veio de novo e sobressaltei-me.
Respirando fundo tentei organizar minha
cabeça, mas estava difícil com o mal-estar
que apossou-me de mim. Discoteca... dançar... quase sexo em lugar público... minha nossa, o que o álcool não dava coragem!? Bingo! Álcool. Estava de ressaca.

"I am a Barbie girl, in a Barbie world..."
No automático atendi o celular.

- Brunna? - Júlia

Merda! Estrategicamente escapei do agarro
de ferro e sai da cama, parei um minuto
tomando Ludmilla por inteira. Os malditos
raios solares banhavam sua figura num halo especial tornando-lhe um anjo, se bem que de anjo essa mulher não tinha nada, só se fosse um anjo negro. Memórias da noite passada varreram a minha mente. Fui eu mesma que fez aquilo tudo?

Arfei surpresa comigo mesma, enquanto
uma parte minha até hoje desconhecida
lançava beijinhos no ar, toda quente e fogosa, pedindo para repetir a dose, a Brunna Gonçalves  de sempre cavava um buraco, querendo se enterrar viva, mortífera de vergonha. Vergonha varreu meu corpo, ai...... Brunna.

- Brunna? - Júlia acordoou-me.

Tropecei, merda de ressaca! Peguei na
primeira peça de roupa que vi no chão,
que por sinal era a camisa preta da anjo
negra gostosona na minha cama e vesti-a
rapidamente. Por um segundo perdi-me no
seu cheiro poderoso que sua camisa emanou, drogando meus sentidos antes da náusea matinal voltar.

Mas por céus, a mulher cheirava bem! E não
era pelo fato de estar a usar um bom perfume, era almíscar mesmo. Daqueles que vaziam você deixar cair a calcinha com uma fugada. Sussurrei para não acordar Ludmilla e como nada escapava Ally e ela bem conhecia-me, apanhou logo.

- Sua safada, conta tudo! - Gritou para mundo inteiro.

- Hey! - Peguei a cabeça, - não precisa gritar,
quer acordar o hotel inteiro?- Murmurei.

- Oh, ressaca, nem?

- Nem me fale.

- Então, desembucha, a noite foi boa?

- Agora não Júlia.

- Porque não?

- Ah, Ju! – Disse entre os dentes.

-A gostosona ainda está ai né?

- Tá. - Aceitei, Júlia deu risadas conspiratórias.

- Graças aos céus, estava começando aperder as esperanças em você, querida. Finalmente tirou as teias de aranha. E pelo modo como não atendeu o celular, a noite inteira, então a coisa deve ter sido boa!

- Ah, Júlia - resmunguei mortificada com suas palavras. – Eu não estava tão mal assim. - Ela gargalhou.

- O quê? Estava na seca querida, mas tá certo. Depois nos falamos Brunna, e não
pense que vai escapar. Eu quero todos os
detalhes, tu-di-nho. - Bufei
- Como se você fosse me deixar escapar.

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