Capítulo 21 ✨

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02/07

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Pov Brunna

Foi difícil aceitar no que meu mundo
reverteu-se, mas não tive escolha. Ludmilla
Oliveira tratou de escolher por mim. Me privando de tudo e todos de quem eu  gostava, e o pior de tudo era que eu sentia pena dela agora. Como se suas atitudes macabras pudessem ser justificadas, só porque ela era uma pobre alma infeliz que viu o lado sombrio da vida.

Em contrapartida muita gente libertava-se
disso tudo e fazia algo de suas vidas, mas a
maioria... sucumbia que nem a Ludmilla.
Nesta ordem de pensamento na manhã
seguinte quando Nete veio deixar o
pequeno almoço, levantei da cama decida em por o branco no preto com Ludmilla e saber realmente quais eram suas intenções comigo, porque estava claro por ontem a noite que na verdade ela não queria me fazer mal.

Bem, me humilhar?  Sim. Fazer de minha
vida um inferno? Sim. Mas não ao ponto de me matar ou me violar como eu pensei que
ela pudesse fazer. Será que... Não, eu não estava desenvolvendo a Síndrome de Estocolmo? Não... Será?

Enfim, isso não importava. Eu só queria poder ter um pouco de paz nesse inferno e descobrir quando isso iria acabar, porque não era possível que Ludmilla quisesse manter-me aqui para sempre.

De algum jeito louco consegui me convencer que aquela mulher que conheci não podia simplesmente apagar da face da terra. Ludmilla não era tão boa atriz assim, nem tão psicopata. Eu acho. Além de que ela dizia que fazia isso tudo por sua família que Caio machucou. Outro X dessa equação que eu não desvendava. Será que meu irmão era capaz mesmo de matar uma mulher inocente, como ela afirmava?

Eu sabia que seu trabalho envolvia morte e
tudo mais, mas só para os vilões da parada.
Então onde isso deixava-me?  Clareando meus pensamentos sondei Nete para descobrir que a desgraçada tinha deixado a ilha e ido tratar de negócios, seja lá quais eram. Coisa legal não deveria ser, mas isso pouco importava. Assustava-me como cada vez mais  não estava  ligando para as conexões ilegais que Ludmilla tinha com o
submundo, sem mesmo saber o que ela fazia lá.

E se ela fosse uma assassina, uma traficante de órgãos ou algo pior!? Realmente isso mudaria algo...? Não sei, mas custava muito acreditar nessas coisas, eu só esperava que estivesse certa e nada disso fosse real. Preferia mil vezes que ela fosse daquele tipo de bandida que lidava com drogas, tráfico de armas ou vendas de artigos exorbitantes no mercado negro do que as possibilidades em cima.

Mas , espera só um segundo. Que merda
estava eu pensando?! Bandido era bandido.
Não importava o ramo de escolha. Céus, como o mundo dá voltas! Mas algo em Ludmilla... não sei como explicar... depois da noite que tivemos algo mudou minha concepção dela e... Suspirei, não querendo me maltratar com isso. Por enquanto era melhor deixar quieto.

Meu papo com Nete continuou e foi quando
ela convidou-me a dar um passeio a praia,
insistindo que eu não era uma prisioneira.
Eu aceitei. E uma semana depois já nem
parecia que eu estava numa prisão, dava
isso como umas férias bem merecidas. E
aproveitei ao máximo o solzão do paraíso.
Custava-me dizer, mas estava divertindo-me a bessa.

A ilha se olhada de uma outra perspectiva era paradísica, tinha tudo para proporcionar-te umas ótimas férias , menos liberdade. Esquece isso. E o melhor era que pelo menos dentro da ilha podia explorar a vontade, ninguém proibia-me de nada.

Tentei procurar por uma linha de
comunicação com o mundo exterior, mas foi em vão. Se existia algum meio de comunicação com o mundo exterior nessa ilha então só podia estar lacrada a sete chaves no escritório ou no quarto de Ludmilla. Território proibido a mim sem a presença da respectiva dona. Mas enfim, decidi ficar em alerta e continuar curtindo as férias.

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