Capítulo 9 ✨

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Pov Brunna

O que me acordou foi o barulho de ondas,
mar..?

Meus sentidos acordaram ao paraíso tropical: o cheiro salgado, a brisa marítima, o sol em minha pele, e tudo isso me fez relaxar e me esticar na suave cama, hmm, umas das camas mais confortáveis que já dormi.

Manhosa abri os olhos, e a primeira coisa
que notei foi cortinas super brancas voando
suavemente como se estivessem dançando
ao som da brisa marítima, pelo que parecia
portas duplas, levantei confusa olhando ao
meu redor.

Pânico: o primeiro sentimento.

Paralisia: segunda ação.

Reconhecimento: terceira conclusão.

Merda! Rapidamente levantei da cama que
achei suave há minutos atrás e olhei para o local  toda enjoada. Onde eu estava? Corri para a única luz que providenciava liberdade das memórias que meu cérebro estava lançando. Aquilo tudo realmente aconteceu?

Ludmilla me raptou?!

Mas minha roupa: ainda os pijamas, meu
corpo dormente, devido a droga que inalei,
minha mente confusa e este maldito lugar
responderam por mim.

Eu. Brunna. Fui. Raptada.

Feito uma louca, saí gritando para fora
quando fui atingida por um sol do caralho
que me cegou por alguns segundos antes de
eu continuar a minha marcha sem direção até que senti água nos pés.

Mortificada olhei para baixo e notei meus pés imersos na suave onda do mar. Olhei para um lado, olhei para outro, voltei a olhar só para ter certeza que minhas conclusões eram certas, mas... era o que eu via.

Estava numa maldita praia deserta.
Não havia terra por nenhum lado onde
olhava, só mar e imenso mar azul, daquele
azul transparente que pessoas sempre
sonhavam passar as férias da sua vida,
mas esse paraíso tropical para mim estava
tornando-se um pesadelo a cada minuto que
passava.

O que estava realmente acontecendo?

Mil e uma teorias passaram por mim e cada
uma pior que a última. Eu queria morrer
neste momento ante tantas incertezas que
varreram meu coração, mas obriguei-me a
ficar calma e focar-me no problema como
Caio sempre me disse para fazer nestes casos.

Mas que focar, que nada!

Uma grossa mão fisgou-me pela cintura e
fui jogada no ombro de um brutamonte
troglodita vestido de preto feito um saco
de babata, meu instinto primário foi gritar,
espernear, lutar, mas o homem era muito
forte e conseguiu subjugar-me.

Quando chegamos a casa da qual escapei,
o homem pôs-me no chão e meus joelhos
fracassaram, cansada de lutar cai na areia
quente, mas não liguei, estava acabada
mesmo. O brutamonte gargalhou

- Uau chefe, essa é uma tigresa.

- Eu sei. -A voz calma, satisfeita e melódica
que eu tão bem conhecia fez-me levantar o
olhar e dar-me forças de não render-me a
aquela filha da puta!

- Ludmilla! - Cuspi seu nome com veneno.

- Olha aqui, eu não sei o que você e esses
brutamontes pensam que vão fazer comigo,
mas eu estou avisando que é melhor
deixar-me ir, você não conhece meu irmão,
ele é da ICCF camarada, então acho melhor
vocês me devolverem de onde me tiraram e
esquecerem que eu existo antes que a coisa
complique para vosso lado, entendeu?

Ludmilla continuou olhando-me daquele jeito calmo, psicopata como se não tivesse ouvido o que eu disse, isso tirou-me do sério.

– Você ouviu o que eu disse?

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