Capítulo 30 ✨

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Pov Ludmilla

Aquele demônio entrou em cena todo
aristocrático e dramático, como se fosse
um fodido deus, cheio de si e calmo, com a
alegria evidente de quem tinha ganhado a
guerra, e o pior era que tiha, pois estávamos
fodasticamente cercados, um passo em falso e puff, partimos dessa pra melhor.

Essa constatação fixou-me em Brunna... minha princesa não poderia ir conosco, ela não estava preparada, nos viemos preparados pra morrer e ela não, naquele pijama sujo, assustada e confusa. Quando desenhei meu plano suicida, o regate
de Brunna era o objetivo, não fazia parte do
plano em nenhuma hipótese ela parecer,
então tinha que dar um jeito nisso, mesmo
que as coisas estivessem 100% contra nós.
Eu não aceito que ela morra comigo! Então pense Ludmilla!

- Ora, ora, ora, oque temos aqui, parece que o coelho foi apanhado. - Aquela criatura que
proclamava-se humano pronunciou-se e senti o ódio voltar a ferver minhas entranhas só de escutar sua voz, volteia encara-lo séria, sem tirar os olhos dele e Brunna sentiu meu corpo tremer de tamanho ódio.

Instintivamente apertou minha mão e isso
suavizou meu tremor, respirei fundo, mas
não ousei tirar o olhar daquele homem, era
mais forte que eu... ele matou a minha mãe!
Infernizou minha vida, e para finalizar raptou Brunna! Mas mesmo assim ele tinha vantagem sobre nós e obrigatoriamente eu tinha que esquecer tudo que o pendejo, cabrón de merda fez e pensar nela.

Traguei por ar e desviei meu olhar a ela,
assim que encontrei seus olhos, encontrei o
que precisava, não precisava de palavras para entender o quanto ela estava preocupada comigo e precisava de mim com mente e corpo no lugar, apesar da situação toda em nossa volta, via claramente em seus olhos que ela estava mais interessada no meu bem-estar que o seu, e isso me encheu de força para salva-la. Encarrei o velho homem mais controlada e disse seca.

- Proponho uma troca, passagem livre para meus homens e Brunna e em troca,
eu fico, me rendo.

- Lud! - Brunna reclamou, claramente
discordando da minha ideia, mas um duro
olhar meu e ela se calou retraída, me senti mal por isso, contudo, não era hora pra ligar para seus sentimentos, mas sim salva-la.

- Então, temos um acordo? - Séria, voltei ao
velho homem. Este sorriu levemente em descrença.

– Sabe, quando penso que não tem mais como me decepcionar, lá vem tu é inventa uma nova forma! Essa é a única coisa que nunca falha. Sempre provando que consegue sim, e escala de nível sempre, eu mesmo fico abismado com as tamanhas burradas que você comete, penso comigo, aquela puta deve ter me enganado, porque filha minha não faria isso, não chegaria a esse ponto, mas... eu fiz o exame e por mais que me surpreenda carregas sim o sangue Oliveira nas veias.

Brunna engasgou com essa revelação nova
a ela, pude senti-la contrariada em minhas
costas mas não me deixei abater, tinha vidas dependendo de minhas ações e palavras ali. Além de que elas não me atingiam mais depois de tudo que ele relevou. Sua opinião sobre mim pouco me importava, estava pouco me lixando.

- Olha, não vou ficar aqui e discutir nossos
laços familiares consigo, pois além de ser
perca de tempo, ambos desejamos que não
compartilhemos algum, mas DNA é imutável, então não choraremos por leite derramado. Vamos ao que interessa, eu sei que o que quer mesmo é castigar-me e limpar o seu sangue, exterminar a prova imaculada da família Oliveira, sua bastarda, indesejável filha e traidora.

- Aí sim? - Provocou.

Nem respondi a sua provocação,
simplesmente continuei meu argumento.

- Eles não têm valor a si, são só homens
seguindo ordens. Eu sou o rei, a mandante e a  peça do xadrez que realmente quer, então pegue-a.

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