Capítulo 24 ✨

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05/07

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Pov Ludmilla

O toque incessante do celular foi o que me
acordou de um maravilhoso sono, me
sentia tão relaxada como há séculos não
tinha o privilégio, tentei ignorar o celular, seja lá quem estava ligando ia desistir pela falta de atendimento.

Suspirei contente sentido o calor do corpo
quente colando ao meue o cheiro suave
invadiu minhas narinas fazendo-me fungar
por mais daquela fragrância, sobressaltei
assustada. Corpo quente na minha cama!?
Abri rapidamente os olhos e vi Brunna que
dormia como um anjo ao meu lado, de costas a mim, entregue, confiante, a mercê do mostro.

Arregalei os olhos quando a memória do que fizemos pela manhã voltou a mil. Assombrada comigo mesma sentei na cama, deixando seu corpo e ela resmungou algo quando meu calor a abandonou, mas não acordou. Porra, ela me enfeitiçou de novo na sua teia de sedução. Tinha jurado não me entregar a essa mulher descontroladamente com os sentimentos a flor da pele outra vez, mas consegui? Não!

Os Gonçalves venceram mais uma vez por conta do meu pobre controle de prazer carnal. Era para ela ser minha escrava, não o contrário!

Chiei maldisposta, mas não podia deixar
de me sentir bem, mesmo não gostando da
forma descontrolada que ela me deixou, sexo nunca foi tão bom quanto essa princesinha da Disney me fez sentir, o celular voltou a tocar de novo me tirando dos meus pensamentos. Suspirando atendi o celular sem ao menos olhar quem era, tudo no automático.

- Ludmilla. - a voz grave, enriquecida por anos de whisky e frieza me congelou.

Apesar da nossa relação, há muito tempo
não ouvia a voz dele e ouvi-la agora,
completamente desprovido de aviso e
vulnerável do jeito que estava me fez recuar a anos passados da minha vida onde quase chegava a fazer xixi nas calças cada vez que aquele olhar frio me olhava e aquela voz chamava meu nome, nunca fora de controle, nunca zangada, irada, contente, feliz ou provida de qualquer emoção humana. O velho homem sempre teve isso ao seu favor. A voz. Seu maior poder de intimidação, respeito e admiração.

- Ludmilla - o senhor meu pai voltou a me
chamar na ligação e voltei ao presente.

- Pai...?

- Sim, minha filha.

Não podia acreditar que ele estava ligando,
o velho homem nunca ligava, a não ser em
situações extremas, e isso me fez tremer, por mais tempo que tivesse passado e apesar dele não passar de um velho agora, ainda sentia um medo inexplicável por ele, misturado com ressentimento. Nosso relacionamento sempre foi a base de desapotamentos da minha parte para com ele e amarguras por parte dele para comigo.

Nunca a relação invejável que ele tinha com
seu primogénito Marcos ou a forma carinhosa que ele tratava sua filhinha Luane, como senti inveja dos meus irmãos no passado, triste mas verdade. Principalmente quando a mãe deles fazia questão de me lembrar que eu não era bem-vinda a sua família perfeita e eu
não passava de uma bastarda do seu marido
que não queria envergonhar seu nome
deixando alguém com seu sangue nas ruas, e que de acordo com ela, era a única coisa que me salvava de ser mais uma menina da rua.

O fabuloso sangue Oliveira.

Mas por mais que ela reclamasse, fizesse
chantagem emocional o velho nunca abriu
mão de me educar junto aos meus irmãos
na casa dos Oliveira quando minha mãe
morreu, coisa que só aumentou o desgosto da minha madrasta a minha pessoa.

-O que o senhor quer? - Fui diretamente ao
assunto e dura como ele me ensinou a ser.

Não havia tempo a perder, só de falar
com meu pai por alguns minutos todo
relaxamento com que acordei, todas boas
vibrações que senti azedaram, meu dia estava completamente estragado por conta dele, odiava o controle que ele ainda tinha sobre minha vida, emoções, decisões, mas era impossível ficar indiferente, fingir sangue de barata quando se tratava do meu querido meritíssimo pai. Um minuto de silêncio. Com um suspiro irritado ele respondeu.

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