Pov Brunna
Naquela mesma noite recarreguei minhas
forças, mudei de roupa com raiva e deite-me na cama, na escuridão que era minha vida e coração. Só por medo não rasguei o presentinho de Ludmilla. Decidi deixa-lo no chão, amafanhado, esquecido.
Nete trouxe-me comida e um recado de
Ludmilla numa carta cuidadosamente dobrada, como se fosse um fodido convite a uma gala excepcional. Do seu jeito carinhoso Nete encorajou-me a comer e a ter paciência com sua menina porque ela ainda insistia que ela era uma "boa garota" quando encontrou-me com os olhos inchados de lágrimas.Não sei se era ingenuidade ou negação mesmo daquela mulher tão doce não ver o monstro que Ludmilla era. Como era possível? Bem, ouvia-se falar de pais que seus filhos matavam gente e eles ainda continuavam a defendê-los com unhas e dentes. Inacreditável... mas infelizmente verdade.
Com Nete fora do quarto, não toquei na
comida mas sentei na cama e com o coração
a galopes terríveis procurei coragem para
desdobrar a carta da sádica e ver o que aquela desculpa de ser humano tinha planejado para mim."Conhecendo-te princesa, aposto que já tiraste o vestido, portanto vista de novo e compareça no meu quarto com ele, use um casaco por cima dele porque eu não quero dividir minha propriedade com ninguém.
Eu já dei instruções ao guarda na sua porta
para acompanha-la ao seu destino. É só sair
do quarto que ele conduzira-te a mim. Tem
2 horas a partir de já pra jantares e se prepares para isso Brunna, se não estiver pronta neste tempo mandarei o guarda arrombar a porta do seu quarto e levar-te a força. Acho que não é necessário assinar, mas mesmo assim, aí vai: Ludmilla Oliveira."Puta merda! A desgraçada deveria estar a
morrer de rir as minhas costas, gozando de
tanto atormentar-me. Não! Chega! Isso não
podia continuar assim, tinha que dar um
jeito de atacar Ludmilla, bancar a princesinha indefesa com certeza estava a divertindo demais, então estava na hora de mudar de táctica.Vista suas calças de coragem e vá a luta
menina!Saltei da cama nervosa, limpei as lágrimas
com força, e decidida entrei no banheiro com o babydoll vermelho num agarro raivoso. Ludmilla Oliveira que me aguardasse. Ela queria quebrar-me, não? Então conseguiu, mas não do jeito que ela previa. Utilizei o tempo que a desgraçada vossa alteza concebeu ao meu favor ao máximo. Dispôs de tudo de bom naquele luxuoso banheiro que não tinha culpa de ter uma dona malvada. Lavei-me, maquilhei-me e perfumei-me. Como dizia minha avó, "Fique perto dos seus
amigos, dos seus inimigos mais perto ainda." E era isso que eu iria fazer.Vesti um bonito trench coat preto sofisticado, deixei minhas mechas soltas e calcei um belo par Jimmy Choo pretos brilhantes combinado todo meu visual. Sai a porta e como prometido lá estava o brutamonte número 2 a minha espera, notei que não foi o que carregou-me como um saco de batata na praia. Esse era robusto, mas não tão robusto como o brutamonte número 1, além de que tinha cabelo longo preto brilhante amarrado num rígido rabo de cabelo. Seu rosto estava sério, delineando sua ascendência latina. Engoli em seco mas mantive a base. Não mostre medo.
- Boa noite, senõrita Brunna, por favor
acompanhe-me.Desenhei um sorriso apertado mas
acompanhei o brutamonte número 2, pelo
menos esse era educado. Respondi num
sorriso apertado e segui o brutamonte pelo
estreito corredor. Até agora não tinha explorado a casa, (o cativeiro) fora do meu quarto e sendo sincera podia dizer que a desgraçada da Ludmilla tinha bom gosto apesar de tudo. Era tudo suave e requintando, em tons claros, que variavam
de branco a mobíilias de madeira preta forte e reluzente, com ar de "isso custou dinheiro" tipo de decoração.Concentrando na minha missão esqueci a
decoração e pus a cabeça a funcionar. Sem
ver como chegamos ao quarto de ludmilla pelo longo corredor singular e meu coração traiu minha calma exterior.
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A Grande Mafiosa
FanfictionPara saudar uma dívida de sangue Brunna Gonçalves é raptada, aprisionada, e aterrorizada numa ilha remota do Pacífico e mergulhada no mundo obscuro da criminalidade, onde a brutalidade governa. Para sobreviver ela é obrigada a satisfazer as vontades...