Capítulo 26 ✨

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07/07

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Pov Ludmilla

Estava sentada, repensando pela décima
milésima vez na decisão que tomei de deixar Brunna ir em vez de obedecer minha lógica fria, cessar de uma vez por todas minhas dívidas de sangue e livrar-me desse encargo, dessa cruz, sina... juramento de vingança, mas no final não consegui.

Preferi me achar a maior palerma da história da humanidade que sequer cogitara a possibilidade do senhor meu pai por as mãos nela. Minha princesa da Disney não iria sobreviver ao senhor Oliveira.

Bufei, balanceando o copo do whisky. Não
ia mesmo, nem eu sobrevivi. E por mais que
estivesse indo contra tudo que jurei: "Nunca
mais deixar-me influenciar por uma mulher
ao ponto dela se intrometer nos meus planos e estragá-los". Estava fazendo justamente isso.

Tem gente que nasceu para ser um palerma,
banana mesmo, parece até que a muher
me deu chá de calcinha.

Será..?

Larga de ser imbecil!

Claro que não, nunca comi ou bebi nada
preparado por ela, seu melaço tinha outro
nome: aquela buceta quente e apertada, com cheiro carnal que me levava a loucura ao ponto de trair o velho homem. Estressada, depositei o copo na mesa e passei a mão pelo rosto.

Que merda você está fazendo Ludmilla!?

Não vou negar que ainda tinha uma enorme
vontade de castigar Caio usando as armas mais sujas, mas não com Brunna. Ela
definitivamente cravou as unhas em mim.

Puta merda!

A minha decisão de não usá-la tornou
definitiva quando o próprio pendejo
(desgraçado) me ligou avisando que tinha
algo em suas mãos que com certeza eu ia querer botar as garras. E nada mais nada menos que ele me ofereceu Luísa – aquela sanguessuga, filha da puta do caralho- em troca de sua querida irmã.

E eu claro, depois de me recuperar do choque, aceitei a oferta, só que claro que não ia entregar Brunna, e o homem estava tão desesperado e culpado que aceitou meus termos sem pestanejar. Desespero e culpa eram o declínio de qualquer homem, sem falar da pior praga: mulheres.

Enfim, no princípio fiquei bastante enervada pelo fato de tanto ter procurado e nunca ter achado a mulher que mudou minha vida por completo, tanto que a dividia em duas etapas: A.L (antes de Luísa) e D.L (depois de Luísa).

Ele contou tudo sobre a mulher, menos o fato mais importante, onde eles estavam. Só disse que a mulher agora seguia pelo nome de Ella, era uma mulher comum de negócios, dona de uma oficina de carros de luxo, bem a cara da Luísa mesmo, a loirinha sempre foi doida por carros.

A burra aqui, achava sexy pra caramba sua
paixão pelos automóveis, até ela por uma
bala no meu peito e quase me mandar dessa
pra melhor, depois daí, da bela lição que ela
me deu eu nunca mais fui a mesma Ludmilla. Parei de fugir do meu destino e assumi de vez os negócios da família como meu pai queria e reneguei tudo de bom que sonhei um dia para mim.

Não havia como fugir, amor não era parte da família Oliveira. Era nossa maldição nos dar mal por causa dele.

Exemplos eram vários.

A mãe de Marcos e Luane, morreu por conta de um acerto de contas de uma quadrilha rival nossa. Luane morreu por conta do amor também, tentando proteger Caio. Marcos... bem, esse nunca sequer teve a chance de amar, achava mulheres todas putas, e o pior era que meu irmão tinha razão. E eu... bem, paguei meu preço também por amar alguém ao ponto de livrar-me das garras do velho homem e seguir minha vida, até Luísa mostrar que amor era uma fantasia que carregava comigo desde menina e por consequência o velho homem ter salvo minha vida e ter me cobrador alto por esse ato de bondade.

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