Capítulo 2 - Desastre Ambulante

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Abro os olhos a tempo suficiente de ver todas as taças caírem no chão, fazendo um barulho ensurdecedor

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Abro os olhos a tempo suficiente de ver todas as taças caírem no chão, fazendo um barulho ensurdecedor.

Toda a atenção do salão se volta para esta cena. Meus olhos arregalados encaram as pessoas ali presentes, que estão chocadas. Quero pedir desculpas, mas nenhuma palavra sai da minha boca.

Isso não está acontecendo... Não pode ser.

A entrevistadora que estava conversando comigo momentos antes de eu cometer a maior vergonha da minha vida me estende a mão, me ajudando a me levantar do chão repleto de cacos de vidros. Sua expressão é de choque e um pouco de pena.

A noite já pode acabar aqui mesmo.

– Você está bem? – ela pergunta.

Me sinto uma boba. As lágrimas ameaçam inundar meu rosto. Só preciso sair da vista das câmeras. Agora mesmo.

– E-eu... – Minha voz não sai. – Eu sinto muito.

Praticamente fujo do salão. Ando em passos largos e rápidos, sem ninguém se atrevendo a me conter. Devem ter visto quem eu sou de verdade. Um desastre ambulante.

Vou para fora do salão e me escondo em uma parte escura da rua, onde tenho menos chance de ser importunada por um paparazzi irritante.

Solto um choro de vergonha. Meu rosto se encharca em lágrimas. Eu sou tão burra. Fiz a única coisa que não devia ter feito. Só de imaginar meu nome em páginas de fofoca e as pessoas dando risada de mim faz meu coração doer. Como pude ser tão estúpida em deixar isso acontecer?

Coloco as mãos no rosto e choro.

– Fica calma, Mindy. Vai ficar tudo bem.

A voz de Walker ecoa tranquila e segura, com o real intuito de me tranquilizar.

Ele não devia estar aqui. Não posso fazer isso de novo.

– Vá embora – falo com a voz chorosa. – Você não vai querer se envolver nessa bagunça.

Ele sorri sem humor.

– Você precisa parar de me mandar embora sempre que eu quero te ajudar.

Olho para ele com minha cara de tristeza. Talvez ele não entenda a gravidade do que eu fiz. Todos irão me lembrar por isso a partir de agora.

– Eu estou com tanta vergonha...

Ele me estende a mão.

– Vem cá.

Seguro sua mão. Ele abraça novamente, dessa vez com mais força. Me sinto segura com ele, mas minha cabeça ainda está a mil por hora.

– Relaxa – ele fala baixinho. – Você é só um ser humano, é normal fazer uma besteira as vezes. Quem nunca fez algo por acidente, Mindy?

OUR DESTINY • WALKER SCOBELLOnde histórias criam vida. Descubra agora