𝓤m teatro ensaiado não é exatamente o que Mindy Lauren precisa no momento.
Seu mundo está despedaçado e sua vida se torna um completo caos graças ao seu conturbado antigo relacionamento. Ela se sente um quebra-cabeça com peças faltando.
E em meio...
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Ando de um lado para o outro, aflita e ansiosa. É difícil assimilar que, do dia para a noite, minha carreira está abalada e estou prestes a ganhar um namorado de mentirinha.
O som estridente da campainha me sobressalta. Corro para abrir a porta, já imaginando quem é.
– Você demorou. Não disse que morava há quatro quadras daqui? – digo rapidamente.
Me deparo com Walker me exibindo um sorrisinho contido. Ele tem as mãos descansando no bolso do moletom e seus cachos loiros muito bem arrumados.
Ele daria um bom namorado. Do tipo que toda garota sonha em ter, penso.
Balanço a cabeça, bufando. Pare de pensar isso.
– Não vai me convidar para entrar, Mindy? – Ele caçoa.
Respiro fundo. Obviamente ele está bem mais tranquilo que eu.
– O que deu em você para aceitar aquilo?! – falo, conduzindo ele para a sala de estar.
– Mas foi você que fez a proposta. Não devia me agradecer? – Ele se senta no sofá.
– Não fui eu, foi minha empresária. – corrijo.
– Então você não quer fazer isso?
Ergo as sobrancelhas.
– E você quer?
Walker dá de ombros.
– Eu estou disposto a te ajudar.
Me sento ao lado dele. Mordo os lábios com nervosismo.
– Não acha que essa é uma maneira muito radical de me ajudar?
Ele ri.
– Ah, com certeza. Mas sei lá... Quando a sua equipe entrou em contato com a minha e propôs essa ideia maluca, eu senti que devia aceitar.
– Walker... – digo, relutante. – Isso pode acabar sendo negativo para nós de alguma forma. A internet é maluca, espalha ódio gratuito.
– O público gosta da gente – assegura ele. – Falam que nós combinamos.
– E se depois mudarem de ideia?
– Estou confiante. Acho que vai ser algo benéfico para nós dois. E ainda vai te ajudar. – Sua pele se apossa de um tom mais corado. – É por isso que eu quero fazer isso.
Viro a cabeça para Walker, receosa.
– Ai, garoto. Você é... – Deixo a frase inacabada.
– Uma ótima pessoa? – ele sugere.
– Eu ia dizer louco.
Ele põe a mão no peito com uma falsa cara de choque.
