Capítulo 6

3.9K 266 7
                                    

- Ei,acorde

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Ei,acorde.

Escuto logo após de sentir alguém catucando a minha costela com o pé.

- Já vou.

Falo bocejando.Eu estava morrendo de sono,não fazia ideia da hora.

- Que horas são ?

Falo me sentando e esticando as costas pela dor de dormir no chão.So me lembro de ter feito isso quando brincava de cabana com a minha babá.

- Hora de você se levantar.

Fala saindo do quarto.Agora que eu não estava tão cansada podia ver o quarto dele com riqueza de detalhes.E eu tenho que admitir que apesar de bagunçado era lindo,cheio de fotos e pôsteres colados pelo quarto,a luz entrava livremente deixando tudo levemente iluminado,mas o que mais me chamou a atenção foi a guitarra linda apoiada na cama.Me levanto rapidamente indo em direção a guitarra,mas quando estou prestes a tocar sinto uma mão segurar o meu pulso.

- Se você fizer menção a tocar na minha guitarra de novo eu vou arrancar a sua mão.

Fala tão próximo de mim que posso sentir a sua respiração e ver com detalhes a parte do seu rosto que fica amostra.

- Eu...eu entendi...você pode soltar o meu braço por favor,está me machucando.

Eu choramingo devido ao aperto excessivo no meu braço.Ele solta no mesmo instante em que eu peço.

- Eu sinto muito...Não foi minha intenção te machucar.

Fala calmo se afastando de mim.

- Vamos tomar café,temos muito trabalho a fazer.

Olho pra ele sem entender muito bem o "Muito trabalho a fazer" já que eu tinha limpado a casa inteira fazia pouquíssimo tempo,então o trabalho seria moderado,pelo menos era o que eu esperava,ela não seria capaz de sujar a casa toda em tão pouco tempo,seria ?.Bom ignoro meus pensamentos e o sigo até a cozinha,o cheiro está ótimo e acima da mesa tinha suco e bolo de laranja.

- Espera,você que fez esse bolo ?

O cheiro era divino,ele me olha como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- Sim.

Eu me sento na mesa apressada pra comer,os dias sem comer ainda me afetavam e eu não iria perder a oportunidade de comer o que eu pudesse.Ele corta um pedaço de bolo e coloca no meu prato,assim que eu coloco na boca posso sentir o gostinho de laranja,a massa quentinha e fofinha se desmanchava na minha boca.

- Nossa,tá muito bom.

Sem perder tempo enfio mais um pedaço de bolo na boca.

- Você gostou ?

Pergunta parecendo curioso.

- Sim..está delicioso,você cozinha muito bem.

Suas expressões mostram surpresa como se ele nunca tivesse recebido um elogio antes.

- O que me faz pensar,se você saber cozinhar e sua casa é relativamente organizada,por quê precisa de mim ?

Eu realmente queria saber o motivo.A final,tinha que ter um certo ?

- Já disse porque está aqui,não tem por- que voltar no assunto,se apresse em comer,vamos pintar as paredes da casa depois do café.

O que...eu teria finalmente a chance de fugir ? A esperança se acende em mim.

- Tipo,lá fora ?

Pergunto animada pela possibilidade de fuga.

- Não se anime,se você tentar fugir eu vou te pegar antes que você consiga dar três passos,você vai ser punida por isso e eu vou te jogar de volta no porão.

Meu coração gela por suas palavras tão frias,sua voz rouca ecoa pelo cômodo.

- Vamos.

Diz por fim.Eu enfio o último pedaço de bolo na boca e engulo o suco o mais rápido que posso.Ele anda calmamente até a porta da sala,quando paramos em frente a porta ele tira calmamente a chave do bolso,percebi que ele sempre as mantinha ali,junto com a chave tem uma corda.Eu me afasto instintivamente e ele percebe o meu medo.

- Não se preucupe,isso só vai garantir que você não fuja.

Ele diz isso amarrando um pedaço da corda no pulso.

- Me de o braço.

Ele era calmo no seu tom e sem muita escolha eu estendo o braço.Ele amarra a corda de modo delicado no meu pulso o que adimito que me causa surpresa.

- Está bom assim ?

Ele realmente pergunto se a amarra estava machucando meu pulso.

- Um pouco apertado.

Digo fazendo uma carreta pelo aperto.

- Assim está melhor

Me surpreende afrouxando a amarra no meu braço.Eu apenas aceno com a cabeça sinalizando que estava "confortável" eu acho.Ele abre a porta e eu finalmente posso ver a luz do sol claramente,sentir ela na minha pele.

- Vou pegar a tinta na garagem e podemos começar.

Ele começa a andar em direção a enorme garagem que continha muitas ferramentas,algumas plantas e a sua caminhonete.

- Por que tem tantas plantas ?

Isso e uma coisa que eu observei desde que cheguei aqui,a casa era cheia de plantas,A sala,a cozinha,seu quarto e até a garagem.

- Quandos todos te julgam pelo simples fato de você existir,ou nem se quer conseguem olhar pra você por algo que você se quer teve culpa,as plantas são a melhor compania que se pode ter.

Nesse momento eu fiquei tentanda a perguntar mas sobre isso a ele,mas pela sua expressão corporal de alerta sabia que ele não iria responder.Eu não iria correr o risco de irrita-lo.Nos saímos da garagem,ele carrega duas latas de tinta e eu os pincéis.Eu olho pra enorme casa a minha frente com manchas de ovo e janelas quebradas,o que cinceramente não fazia diferença pq as tábuas de madeira cobriam tudo.

- Essa casa é enorme,vamos ficar o dia todo aqui.

Ele sorri.

- Então é melhor começarmos logo....

- Então é melhor começarmos logo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O Monstro da floresta Onde histórias criam vida. Descubra agora