Capítulo 39

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- Vejo que você acordou.

Olho para frente tentando enxergar de onde vem a voz que fala comigo.

- O que ?

A mulher se aproxima de mim se revelando como...minha mãe.

- Finalmente te achei filha,não estava com saudades da sua mãe?

Me coração parou,minha própria mãe...me sequestrou ? Como,por que?

- Você achou mesmo que eu iria deixar você estragar a reputação da família?

Mas de que merda ela estava falando ?

- Você vai se casar Amélie...

Ela fala de forma calma e serena.

- Você está maluca,eu vou embora daqui.

- você não vai a lugar algum.

A voz que disse isso não era da minha mãe,era grave e masculina.

- Quem é você.

O dono da voz aparece no quarto se aproximando de mim.

- Eu sou o seu futuro marido bonequinha.

Ele diz tentando encostar na minha perna.

- Não encosta em mim seu maluco.Mais que droga é essa,eu quero ir embora agora.

Minha mãe olha para o homem com preocupação.

- De a ela um tempo para se acostumar com a ideia Algusto,logo ela vai entender o lugar dela.

Disse a minha mãe se aproximando do homem a minha frente.

- Eu não vou me acostumar com nada.Eu sou uma mulher casada,e meu marido vai vir atrás de mim.

De repente o homem conhecido como Algusto começa a rir de forma descontrolada.

- Você é mesmo engraçada criança,agora chega de brincadeira.

O homem tenta se aproximar de mim de novo mas eu o empurro tentando sair daquele quarto.

- Ora sua puta,venha aqui.

O homem segura os meus cabelos me causando uma dor aguda no couro cabeludo.

- Me solte seu animal.

Digo entre lágrimas,minha mãe se aproxima tentando acalmar o homem.

- Não é pra tanto Algusto,me deixe conversar com a menina,ela já é sua de qualquer forma.

O brutamontes de cabelos claros me solta me jogando no chão.

- Aprenda o seu lugar,ou eu não vou ser bozinho com você.

Ele diz isso e me deixa sozinha no quarto com o ser que eu nem sei se posso chamar de mãe.

- Como...por que...? Como você pode ?

Eu digo deixando toda a tristeza sair de mim.

- Eu tentei fazer as coisas do jeito fácil,mas você não quis Améli...Algusto vai ser bom pra você,ele é jovem e tem muito dinheiro.

Eu não queria mais ouvir o que ela tinha a dizer,ela estava só me usando para conseguir o que queria.

- Como você me achou ?

- Ah isso foi fácil,eu contratei um detetive e quando tinha todas as informações necessárias Algusto mandou que um dos seus homens te trouxesse pra cá.

Como ela podia dizer isso de forma tão natural ? Nem se quer uma gota de remorso.

- Eu odeio você.

Ele se aproxima de mim e segura o meu rosto.

- Ora minha filha,você ainda vai me agradecer um dia...agora temos que cuidar do seu maridinho não é,afinal,você não pode se casar já estando casada.

Meu coração para e parece querer saltar pra garganta,o que ela pretendia fazer com Niels ?

- O que você pretende ?

Ela sorri pra mim como se a resposta fosse óbvia mais uma vez.

- Matá-lo.

O desespero toma o meu ser e de repente eu não consigo mais parar de chorar.

-  Não,você não pode fazer isso...por favor.

- A querida,não sou eu quem vai Matá-lo será Algusto,bom...talvez se você for até ele e pedir desculpas pelo seu comportamento....ele possa considerar a ideia de deixar o esfarrapado vivo.

Só a ideia de fazer isso me enjoava...mas que escolha eu tinha ? Eu não sabia muito sobre Algusto,eu só sabia que ele era um dos sócios do meu pai.Um homem com muito dinheiro, ambição e poder....

- Saiba que eu nunca vou te perdoar por isso.

Minha mãe sorri e abre a porta do quarto indo chamar Algusto.

- Eu posso conviver com isso querida.

Eu não sabia mais o que fazer,só sabia que precisava fugir daqui.Eu tinha que ser forte...eu vou aguentar firme...eu preciso aguentar firme.

- Você queria me ver bonequinha ?

Diz o asqueroso homem entrando no quarto.

- Eu..eu queria...queria me desculpar por mais cedo.

O homem se aproxima mas eu me afasto dele mantendo o máximo de distância possível.

- Tudo bem,eu a perdoarei dessa vez.Creio a conversa com a sua mãe te fez bem não foi ?

- Eu quero que deixe Niels em paz,vocês já tem a mim...ele não tem nada haver com isso.

O homem suspira e logo em seguida sorri.

- Que tal ligarmos pra ele agora ? O cavalheiro branco deve estar preocupado com sua Améli.

Logo depois que ele diz isso,ele pega o celular e entrega na minha mão.

- Assim que ele atender...você vai dizer que o despreza,que tem nojo dele.Vai dizer que me ama e que escolheu estar do meu lado.

Meu estômago embrulha e a raiva se mistura com o sentimento de desespero.

- Alô...

- Alô

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