Jogos!

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POV Luna
A mansão estava mais agitada hoje, via pessoas correndo de um lado pro outro quando olhava o corredor e ouvi várias vozes agitadas. Pensei se tinha algo haver com preparativos para o casamento mas logo joguei essa possibilidade fora porque acredito que teriam avisado nós três sobre.
Sai do quarto e comecei a procurar se conseguia ouvir alguém falando algo sobre o que estava acontecendo, mas não ouvi nada que pudesse dar muitas dicas, então voltei para o quarto, onde dessa vez encontrei o Guilherme mexendo no guarda-roupa. Quando fechei a porta atrás de mim ele virou a cabeça e nossos olhares se encontraram.
— Oi. — ele diz com um sorriso pequeno e volta a olhar o guarda-roupa.
— Oi. — respondo me sentando na cama exatamente onde ele estava, só que em pé. — Onde você tava?
Ele tirou uma chuteira do armário e se vira completamente para mim.
— Quando?
— Agora pouco. Não vi você saindo do quarto.
— Tava com o Thomas e o Henry. Já tá controlando pra onde eu vou?
— Ué, não sou namorada? Tenho que fazer isso. — brinco e ele dá uma risada.
— Não vou reclamar.
Olho para a chuteira que ele colocou no chão.
— Ei, você sabe o que vai acontecer hoje? Por que tá todo mundo agitado?
— Não te falaram? A família toda do Thomas vem aí pro jogo de futebol.
— Jogo de futebol? — uma animação cresce em mim no segundo que as palavras saem da boca dele.
— É, algo que a família dele faz desde sempre. Melhor já ir se acostumando porque você vai estar em todos a partir de agora.
— E por acaso você vai jogar? — pergunto como se eu não me importasse, mas na verdade a ideia me encantava bastante.
— Claro, né. Sou parte da família.
— Ah, sim… — Deus é bom em todas as coisas… — Já, volto.
Digo e saio do quarto para procurar as meninas e ver se acho elas para perguntar se elas estão sabendo. Encontro elas paradas no meio da escada com feições confusas, então me aproximo delas, que se viram na minha direção.
— O que tá acontecendo? — Manu pergunta, então explico para elas sobre o jogo. Depois subo de volta e vou para o quarto.

Sento na cama, esperando Guilherme terminar de se arrumar para eu ter alguma ideia do que fazer.
Ele tira a camisa na minha frente sem falar nada e fica andando pelo quarto sem ela. Não abri a boca pra reclamar em nenhum momento, apenas fiquei apreciando. Todas as vezes que ajudei alguém estavam sendo recompensadas naquele exato momento. A correntinha de prata que ele usa todos os dias refletia com a luz do quarto. Senti um calor percorrendo o meu corpo. Ele se virou e me pegou encarando sem vergonha para o corpo dele.
— Tá admirando a vista? — pergunta com uma risada.
— Não posso? Você me deu ela de graça, não vou perder a oportunidade.
— Não estava te proibindo, pode olhar quanto quiser. — ele dá uma piscadela para mim antes de colocar uma camisa azul com o número 13 bem grande atrás, que deve ser a camisa do time.
Guilherme vai até o armário e joga uma blusa igual a dele na minha direção.
— Fiz questão de pedir uma pra você.
— Obrigada. — respondo rapidamente antes de ir para o banheiro e arrumar, colocando a blusa que ganhei dele. Faço uma maquiagem simples mas com detalhes no mesmo tom de azul que a camisa.
Quando saio do banheiro ele está mexendo no celular sentado na beirada da cama. Ele me olha de cima para baixo e fico um tico envergonhada com isso, nem sei o motivo.
— Vamos? — pergunto e ele volta os olhos aos meus, concordando com a cabeça e levantando da cama.

Descemos as escadas e fomos até a varanda, onde as meninas já estavam esperando. Quando nos aproximamos fomos até a arquibancada juntos.
Henry se aproxima com um cara que nunca vi na vida, mas é extremamente parecido com ele.
— Ei, já apresentei o Sam pra vocês?
— Não. Inclusive, queria falar com você, vem aqui. — Manu responde e puxa ele para longe.
Guilherme dá um aceno de mão curto para Sam.
— Esse é o primo do Henry. — explicado porque eles são parecidos. — Sam, aquela é a Sara e essa é a Luna.
Ele primeiro vai até a Sara e dá um aperto de mão.
— Ouvi falar muito de você.
— Ouviu?
— O Thomas ali — ele aponta com a cabeça para onde Thomas estava. — não sabe ficar quieto.
Depois ele vem em minha direção e oferece a mão, e eu dou a minha também em um aperto de mão.
— Luna? O nome realmente faz jus. Tão bonita quanto a lua.
— Ah, obrigada… — dou um sorriso envergonhado porque não sabia muito bem como reagir. Ele era realmente bem bonito, apesar de não ser o Guilherme. Não que eu esteja comparando os dois. Nem sei mais o que tô pensando.
— Nada. — ele dá uma piscada e um sorriso de canto aparece. Guilherme se aproxima ainda mais de mim, passando o braço dele pelo meu ombro.
— Ela é mais bonita que a lua. Falo isso porque olho bastante para ela.
— Pra lua? — Sam pergunta.
— É, pode ser.
— Que? — pergunto baixinho pra ele porque fico meio confusa com essa interação que foi bem estranha.
— Hm? — ele olha para o resto dos homens se reunindo no campo. — Acho melhor a gente ir, Sam. Parece que o jogo já vai começar.
— Claro.
Guilherme dá um beijo na minha cabeça antes de ir, e Sam o segue. Pouco depois Manu volta e Henry passa direto indo se juntar com o restante. Sara cochicha algo para Manu, e depois as duas olham para mim, dando risadinhas.
— Que foi?
— Nada não! — Sara responde.
Dou de ombros.

So long, London.Onde histórias criam vida. Descubra agora