Golden Hour (Spin-off Campbell)

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POV Sara
Eu caminho pelo jardim imenso da mansão. Sinto meus dedos na grama e respiro fundo me sentindo viva. Desde que descobrimos da Evangeline, Thomas está mais preocupado e cuidadoso que o normal, ouso dizer um pouco paranóico.
— Senhora Campbell, por favor, entra, o Seu Thomas não vai gostar de ver a senhora na garoa — Ritinha toca no meu ombro levemente, eu suspiro, meu vestido rosa bebê balançando, me sinto linda.
— Querida, onde você estava? — É a primeira coisa que Thom me pergunta quando eu entro na mansão.
— Fui dar uma volta no jardim. Você anda muito preocupado com as coisas, relaxa.
Os ombros que estavam tensionados descem um pouco e eu vejo sias feições ficarem um pouco mais brandas.
— Você está certa, meu amor. Como sempre. E a Evangeline?
— Tá tudo bem, Thom. — Eu coloco minha mão na sua nuca e deposito um selinho em sua boca. — Amo você.
Ele sorri e me puxa contra si dando um beijo de verdade, cheio de amor, é puro.
— Sa, vem cá. — Nós caminhamos pelo corredor e entramos em uma das nossas salas favoritas. Um grande piano de cauda residia no centro, nas paredes várias pinturas renascentistas e algumas poltronas estavam colocadas em um ponto muito estratégico perto da janela alta.
Thomas se senta pra tocar piano, e me induz a sentar ao seu lado.
Com algumas notas tocadas eu já sei qual música é, ele inicia 'Golden Hour' uma das músicas favoritas dele. Coloco minha mão no piano e começo a acompanhá-lo, escuto sua voz baixa cantando e não consigo deixar de sorrir.
Gosto de pensar que momentos como esse são o que nos fortalece, sei que Eva deve estar ouvindo, mesmo que ela seja minúscula, e demonstrações de carinho nunca serão demais na nossa família. Enquanto Thomas e eu tocamos juntos, sinto uma onda de ternura e amor nos envolver.
Quando a música acaba, ele me sorri e eu retribuo, um beijo na testa é depositado no topo da minha cabeça.
— Acha que Eva ouviu?
— Com certeza, querida. — Ele passa a mão na minha barriga e eu encosto minha cabeça em seu ombro.
Ficamos alguns segundos, minutos, talvez horas assim, pareceu tanto tempo e ainda sim eu ficaria ali pra sempre. Nós vamos pro sofá na sala de estar e eu me sento de frente pra ele.
— Tá bom, temos que decidir como vai ser o quarto da Eva.
— Hm? — Thomas vira o rosto pra mim. — Não se preocupa com isso, já tem um quarto pra ela.
— Eu sei, tô falando da decoração — mostro pra ele no meu celular como gostaria e ele assente
— Sa, eu tinha visto uns quartos assim também, vai ficar lindo.
Eu passo minhas mãos pelo seu cabelo fazendo um carinho, nunca achei que pudesse estar tão feliz.
— Você é a grávida mais linda que eu já vi. Fico desacreditado que uma mulher tão linda seja minha esposa.
— Quê? — Eu rio, foi tão repentino e ele faz círculos com o dedo na minha perna.
— Acho que sou um pouco fascinado demais por você.
— Bobão. Isso que você é.
Ele ri e então se inclina pra me beijar, sinto fogos de artifício dentro de mim, as faíscas voando e as cores vibrantes se movendo no meu coração. Ele sorri contra minha boca e eu não consigo evitar de sorrir de volta.

So long, London.Onde histórias criam vida. Descubra agora