Despedida de solteiro!

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A despedida de solteiro de ambas partes do casal iriam acontecer la na mansão, mas devido ao fato de eu não estar na mansão e que todos nós fugimos pra praia, resolvemos organizar uma aqui. Minha festa seria organizada pelas meninas e a do Thomas pelos meninos.
  Eu estava com os papéis do pagamento dos empregados que trabalhariam na despedida umas horas mais tarde, quando esbarro em alguém no corredor.
— Ah, perdão! — Falo antes de ver quem é, era Thomas. Paraliso, congelo, enfraqueço e quase caio no chão. Estava evitando ele desde o dia que chegamos, tenho a impressão que se ficarmos sozinhos, acontece a mesma coisa que aconteceu no carro.
— Oi. — Ele finalmente diz depois que passamos 5 minutos nos encarando.
— Sim.
— Sim o que?
— Aceito seu oi. — O que eu tô falando?
— Ah sim. Fico agradecido por você aceitar meu... oi. — Eu começo a rir e ele ri junto. Ouvir ele rir era como saber que ele estava bem, isso era ouro. Parecemos até um casal de verdade.
— Eu vou indo, tenho que me arrumar para a festa. — Eu me desespero para sair logo de lá, estar perto dele me provocava.
— Não precisa se arrumar, sempre estará bonita.
— Nem você acredita nisso.
— Estou certo, você sabe disso. É uma das pessoas mais bonitas que já vi. Primeiro lugar o Cristiano Ronaldo e em segundo você. — Começo a rir, ele só pode estar de brincadeira com a minha cara. Me despeço sem chegar muito perto, medo.
— Não, não, não. Eu vou usar roxo e essa roupa, escolha outra! — Manu e Luna estão numa discussão intensa quando chego, algo sobre as roupas.
— Sara, fala pra ela que roxo não é propriedade dela.
— E eu ligo pra vocês? — Recebo uma almofada na cara tão forte que acabo caindo para trás. As desgraçadas riem.
  Chegamos lá e o que eu mais temia aconteceu, a decoração era inteira de paus. Até os doces. Luna pega um cupcake que para minha surpresa, está da forma de um pau. Manu não perde a piada.
— A Luna mal chegou e já ta com a boca no pau, ta impossível essa Luna viu. — A outra rapidamente da um tapão na Manu. Depois de alguns minutos, chegam os strippers.
— Que porra é essa, Manuela?...
— Que? Como você sabe que fui eu? — Ela se sente ofendida de alguma forma.
— Como não seria você? Meu Deus eu sou praticamente casada! — Eu digo cobrindo os olhos enquanto o homem vestido de policial tira a gravata, Manu ri. Ele realmente era bonito, elas não vao perder oportunidade de arrancar as roupas dele.
— Qual das três vai achar a chave na minha roupa? — Ele diz e Luna vira um shot antes de ir procurar. Ele vai embora depois de se despir e fazer Luna virar um shot no umbigo dele.
— Vocês já se declararam? — Eu digo no impulso.
— Já, deu certo. — Luna fala, a aquela altura ela ja tinha virado uns 4 shots.
— Eu nunca, só faria isso se tivesse certeza que alguém realmente me quer. Nunca senti isso. — Diz Manu.
— Eu gosto dele, gosto muito. E eu acho que talvez ele possa gostar de mim. — Expresso frustração nas palavras. Manu se vira para mim.
— Talvez? Vocês quase se comendo dentro do carro e você acha que talvez?
— O Henry também quase te comeu na jacuzzi e você não acha que ele gosta de você de verdade.
— Independente irmão. — Ela vira um shot, percebo que fui a única a não beber ate agora.
— Se eu fosse você, Sara, eu me declarava. Tipo, você não tem nada a perder, vocês vão casar. Se eu fosse você, faria isso na primeira oportunidade. — Luna diz, realmente não é uma má ideia. E então eu viro 3 shots seguidos, só para não ficar para trás.

POV Manu
A esse ponto, nós já estávamos todas com pelo menos meio litro de álcool no corpo.
Vejo Luna sumir da nossa vista, mas eu e a Sara continuamos rindo de alguma coisa que eu nem lembro mais o que era.
- Olhem! A gente não fumou tudo aquele dia, Manu! - ela se senta e começa a embolar com a seda.
- Você é louca - ouço a Sara falando, mas vejo que ela está tentada a experimentar de novo e eu começo a rir.
- Você quer!
- Não quero! - ela me olha mas também começa a rir.
Luna acende e sopra fumaças redondas.
- Quando você aprendeu a fazer isso?
Ela dá de ombros como se não fosse nada.
- As vezes você tem o dom.
- Mentirosa, você andou fumando sem mim? Sua traidora.
Eu escuto a risada da Sara de fundo.
- Manu, eu beijei o Sam.
- Você fez o quê?????? - Eu a olho surpresa - Quando, onde, como? E aí como foi?
- No aniversário da Sara, no salão, não sei dizer como foi direito porque eu beijei ele por um motivo. - ela dá outra tragada.
- Nossa Luna, enquanto eu tava sozinha abrindo meus presentes você tava beijando...
- Sozinha nada, você tava mesmo era dando - Eu a olho e rio, vejo ela ficar vermelha mas ri junto.
- Te odeio.
- Pois eu te odeio mais.
Luna ri e eu vejo os olhos dela começarem a brilhar.
- Vamos ir atrás dos meninos!
- Tá louca? Vamos fazer o quê lá?
- Invadir ué. - Sara se encosta na Luna e balança a cabeça freneticamente.
- Vamos Manu!! - ela faz um drama - Vai ser divertido.
- Tudo bem... - nós caminhamos meio cambaleantes pra área externa e encontramos os 3 sentados em cadeiras reclináveis passando uma garrafa de whisky entre si, uma mesa com um dominó e cartas de baralho reside no centro.
- Cheeeega-mooooos - a Luna ri enquanto diz meio cantante.
- O que cês tão fazendo aqui? E se a gente tivesse contratado um monte de garotas playboy? - Guilherme fala exclusivamente pra Luna e eu vejo ela dar o dedo do meio pra ele, que dá risada.
Eu me aproximo do Henry que assim que me vê abre um sorriso.
- Ficou com tanta saudade de mim assim?
- Cala boca. - Quase respondo que sim. Busco uma cadeira e coloco do lado dele onde me sento, minha mente ficando um pouco entorpecida demais pelo álcool e por eu estar do lado dele de novo.
- Tô feliz que te conheço - eu solto sem querer, não consigo controlar o que falo, parece que minha boca tem vida própria.
- Também tô, tá falando isso por quê?
Mordo minha língua pra não falar mais do que eu devo, mas parece que eu não me controlo, maldito álcool.
- Henry - ele se vira pra me olhar com uma atenção especial e eu não encaro - tenho que te avisar, eu sou fodida da cabeça, sou ansiosa, penso demais, completamente bagunçada. Eu sou difícil.
Ele balança a cabeça que não, eu o olho nos olhos e algo nisso faz meu estômago dar piruetas.
- Na realidade, se apaixonar por você é muito fácil.
Sinto meu coração quase sair do peito, me inclino para beijá-lo, é uma posição meio desconfortável para nós dois, minha mão no seu rosto enquanto ele se debruça onde recostava o braço mas naquele momento eu entendo, posso ser uma bagunça, mas sou o que ele quer.
É um beijo rápido, e nós voltamos ao confortável das cadeiras com um sorriso no rosto.
- ALGUÉM PEGA A CAIXA DE SOM - escuto Luna gritando
- TÔ INDO - dou um pulo e corro pra dentro da casa atrás da caixa, quando estou voltando, dou de cara com o Thomas e a Sara aos beijos no corredor.
- Meu Deus, essa Sara tá impossível!!!!
Ela separa dele e me olha feio.
- Sai daqui, Manuela.
- Olha a boca vagabunda, não espera nem a lua de mel! - Eu saio correndo dela, não demora muito e eles aparecem.
Eu rio dos dois e entrego a caixinha pra Luna.
- Na humildade, coloca as antigas da Anitta.
- Pode deixar - e ela realmente coloca.

POV Luna.
— ‘Cê tá bem? — ouvi a pergunta vindo de trás, com uma voz que eu reconhecia bem, enquanto eu trocava a playlist que tocava na caixinha de som.
— Tô. — respondi olhando para ele.
— Das últimas vezes eu tive que te socorrer, dessa vez vou ter que também? — mostrei a língua para ele
— Não, consigo muito bem me virar sozinha! — não consigo andar em linha reta, mas estou ótima.
— Se você diz.
— Vou pegar uma água. — anúncio para todos dali quando me levanto, que assentem sem ligar muito. Saio andando até a cozinha, concentrada em não tombar ou esbarrar em alguma coisa. Fui tranquila pegar um copo no armário e colocar água gelada. Me viro e levo um susto quando vejo Guilherme apoiado em uma parede.
— Tá fazendo o que aqui?
— Checar se você não sai rolando em algum lugar.
— Como se você tivesse em um situação muito melhor que a minha! — digo me apoiando na ilha da cozinha.
— Tenho mais experiência. — ele dá uma piscada, se aproximando alguns passos de mim.
— Ah, me desculpe então, Senhor super experiente. — coloquei o copo na ilha, mas um pouco longe de mim para eu não esbarrar sem querer. Ele se aproximou e também se apoiou na ilha.
— Sabe? Sinto raiva de você.
— Por qual motivo? — suspiro e subo em cima da ilha, ficando sentada nela.
— Por sua culpa acho que não posso gostar de você.
— Ei, Luna…
— Mas ao mesmo tempo não consigo não gostar de você. — Travo meus olhos no dele. Ele desencosta da bancada e vai para minha frente. — Você entende?
— Uhum. Sei que foi minha culpa, eu devia ter tomado mais cuidado, sei lá, me ligado antes de falar algo.
— Ficar se lamentando não vai adiantar nada, já foi.
— É, eu sei disso. — faço menção de descer mas ele coloca os braços de ambos lados, me prendendo. — Fica comigo 1 minuto?
— Depende. — ele dá um sorriso.
— Você pode me perdoar? Nem que seja só por agora. Sei que não mereço, mas é difícil olhar pra você e não poder te beijar. — acho que meu coração errou algumas batidas depois que ele falou isso. Um nó se forma no meu estômago e eu prendo minha respiração. Eu sei que não devia, eu tinha prometido a mim mesma que não ia fazer isso, mas pelo menos eu podia culpar o álcool depois, né?
Aproximei meu rosto do dele alguns centímetros.
— E quem disse que não pode? — então ele me beijou, colocando uma das mãos na minha cintura. No momento em que nossos lábios se tocam, todas as confusões das últimas semanas desaparecem da minha cabeça. É como se nos completemos de alguma forma. A mão na minha cintura se agarra no tecido da minha roupa como se eu fosse escapar a qualquer instante. Passo meus braços ao redor do pescoço dele, e envolvo suas pernas com as minhas, o trazendo para mais perto.
— É um inferno quando a gente briga. — ele sussurra contra lábios um segundo que eles se separam. A outra mão que estava na bancada agora segura meu rosto, e ele volta a me beijar com desejo. Os beijos vão descendo pelo pescoço até minha clavícula. Uma de minhas mãos passa pelo meio dos cabelos dele.
Um barulho nos assusta e nos afastamos. Quando olho pro lado percebo que o copo nao está mais ali. Que porra de copo do caralho estragando o momento.

Pov Sara
Aconteceu, invadimos a festa deles depois de ficarmos um pouco bêbadas demais. Meus pensamentos não são muito concretos e eu só procuro Thomas em uma tentativa de ter uma conversa adulta sem estar nem um pouco sóbria, me lembro de como levou isso da última vez.
— Thomas. — Falo me segurando nos ombros dele, ele me segura pelos cotovelos percebendo meu nível de sobriedade.
— Caralho, Sara. O que você tomou?
— Não faço ideia. Me carrega, não consigo andar direito. — Mentira, só queria sentir as mãos dele em mim de novo.
— Vem, vou te levar pro quarto.
— Que isso, sem pagar um jantar antes? — Rio boba da minha piada. Na verdade não estou tão bêbada, me sinto mais sóbria do que a última vez que bebi. Quando chegamos no quarto dele, ele me coloca em cima da cama e fecha a porta, o barulho da porta se fechando me faz recobrar meus sentidos e a sobriedade volta a tona. O que estou fazendo?
— Thomas, senta aqui.
— Por que? — Diz ele arrumando coisas no guarda-roupa.
— Senta aqui logo, sua esposa ta mandando. — Ele da um sorriso tímido quando digo que sou sua esposa. Quando ele senta na cama, passa a mão nos meus joelho de leve.
— Vou falar de uma vez para a vergonha não me consumir, ok?
- Ok.
— Eu gosto de você, gosto muito, acho que te amo na verdade. — Isso pega ele de surpresa, o menino fica pálido.
— Sara, eu...
— Deixa eu terminar. Eu amo seus olhos, adoro como você facilmente fica tímido, como você consegue trazer serenidade para qualquer parte caótica da minha vida, como você é respeitoso com todos, como você me trata, como você é cuidadoso, como você é incrivelmente bonito e como todas essas qualidades não expliquem nem 1% do tanto que eu te amo. — Ele parece meio sem reação, isso me traz uma vergonha, falei besteira? — Falei besteira, desculpa. Não posso colocar a culpa na bebida, estou perfeitamente sóbria.
— Não falou besteira, você não tem noção do quanto eu esperei por isso. — Ele me puxa, me beija e segue dando selinhos em mim, dizendo "Te amo" a cada pausa.

So long, London.Onde histórias criam vida. Descubra agora