So long, London.

Lua de mel!

POV Sara
Já me despedi, já estou com as malas prontas e estou indo a caminho dos 3 dias de lua de mel. Na verdade, nunca estive mais nervosa na vida, nem para o casamento eu estava tão nervosa.
- Você tem ideia para onde estamos indo? - Ele diz quando entramos no jatinho da família, sinto um ar estranho no estômago.
- Acho que não, imagino que para fora da Inglaterra.
- Se você quiser. Eu planejei mas achei errado irmos sem te consultar, você tem alguma preferência? - Gostaria de dizer um lugar, algo dos meus sonhos, algo que eu planejo desde criança, mas por incrível que pareça, confio nele.
- Vou confiar no seu planejamento, mas saiba que sou rancorosa. Não é para me levar para um daqueles shows estranhos de pianistas.
- Acho que terei que fazer outros planos. - Reviro os olhos e quase me viro antes que ele me puxe pelo quadril e me abrace leve. - É brincadeira. Vamos nos divertir muito. - Ele sussurra no meu ouvido causando calafrios pelo meu corpo.
Já haviam se passado 3 horas de vôo e então um mordomo aparece.
- Boa noite, vão querer o que para a janta? - Diz ele dando uma espécie de cardápio.
- Só uma sopa de frango, por favor. - Meu estômago embrulha ouvindo a palavra "frango", essa ansiedade para a lua de mel vai me deixar maluca.
- Só uma água, por favor. - Falo entregando o cardápio e ele logo some sem contestar. Coloco um filme e tento me distrair para não perceber que estou a alguns milhares de palmos do chão.
- Sa. - Acordo com Thomas me balançando. - Acorda, estamos na Itália.
- QUE? - Me levanto rápido do mini casulo que estava envolvida.
- Surpresa...? - Ele fica inexpressivo, como se não entendesse se minha reação era boa ou ruim.
- EU TE AMO, SÉRIO. - Logo saio de dentro do avião esperando um sol de rachar, encontro uma noite estrelada.
- Está de noite, senhora.
- Ah, obrigada por dizer. Senhorita na verdade. - Thomas logo aparece por trás e diz:
- Onde vai querer ir? - Quero dizer que vamos a um museu ou qualquer coisa que essa cidade pode nos oferecer a noite, mas não é o que eu quero.
- Acho melhor irmos para o hotel, estou cansada e meio tonta.
- Então vamos. - Ele não reclama, isso me conforta.
No caminho, não dizemos uma palavra. Ele parece estar nervoso e as borboletas no meu estômago fazem um estrago em mim, não consigo me concentrar em mais nada. Entramos no quarto e para falar sério, estava perfeito. A vista para o mar trazia um cheiro de praia surreal para dentro.
- Gostou?
- Amei. É lindo, Thom.
Eu me sento na cama me sentindo um pouco tonta demais, a tela preta surgindo em meus olhos.
- Tá tudo bem?
- Aham, acho que foi a pressão, devo ter me sentado ou levantado muito rápido.
Ele se senta do meu lado.
- Tem certeza?
- Tenho. - Eu olho pra ele visivelmente preocupado e faço um carinho no seu rosto. - Sério. Pode ser só o cansaço da viagem.
Ele assente e tira o sobretudo. Não demora muito pra que suas mãos estejam na minha cintura e sua boca colada na minha, uma brasa é acesa e aquele sentimento de não conseguir controlar meu corpo me atormenta de novo. Eu coloco uma mão no seu pescoço e a outra dentro da blusa, ele passa uma mão na minha coxa, alguns suspiros são feitos.
Ele desce os beijos pra minha clavícula e ombros, e eu tento deixar essa área um pouco mais a mostra, ele me aperta mais forte, sinto suas mãos deslizarem por dentro da minha blusa, o calor da pele me tocando me arrepia.
- Thom...
Recebo uma mordida leve em resposta.
- Podemos deixar isso pra amanhã?
- Claro, sem problemas. Desculpa. - Ele diz, confuso com o que eu havia dito. Me solta rapidamente e fica meio desnorteado.
- Não, não. Não é nada com você. Estou muito enjoada agora, preciso de banho e cama. - Falo puxando ele para perto. Nessa hora, não sei se me mexi muito rápido ou sei la o que aconteceu, começo a enxergar tudo ficando lentamente escuro.
- Está tudo bem? - Ele logo começa a ficar preocupado, consigo ver seu vulto me deitando na cama e pegando água gelada no frigobar para jogar na minha nuca. - Não se mexa, acho que sua pressão caiu.
- Thom, vou vomitar. - Quando vejo já estou no chão do banheiro com ele segurando meu cabelo para não sujar. Tudo é muito rápido, não consigo pensar em nada.
- Calma, você precisa só se deitar. Vou buscar alguma coisa para você tomar. - Ele some no corredor depois de me carregar até a cama. Acabo adormecendo antes mesmo dele voltar.