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Elizabeth passou os dois meses seguintes encolhida sob os lençóis, com medo no coração

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Elizabeth passou os dois meses seguintes encolhida sob os lençóis, com medo no coração.

O Ministro da Magia havia renunciado, após negar o retorno de Lord Voldemort: os ataques dos Comensais da Morte eram cada vez mais frequentes, causando medo e desespero no mundo mágico; Sirius estava morto; Draco desapareceu.

O mundo inteiro continuou a se desintegrar e ela só podia observar, à margem e do lado inimigo.

Ela andou pelos corredores de sua casa, como se fosse um fantasma. Ainda não conseguia se lembrar da última vez que dormiu, comeu ou conversou com alguém que não fosse sua mãe.

— Temos que ir. Elizabeth. — disse Anna, entrando na sala. Seu rosto estava mais magro, seus cabelos, antes longos e castanhos, agora eram curtos e grisalhos. Os olhos verdes, tão parecidos com os de Elizabeth, são opacos.

Mãe e filha. Dois fantasmas das mulheres que eram.

Elas caminharam pelos corredores da Mansão Malfoy de cabeça baixa, alcançando rapidamente seu destino. — Tudo vai ficar bem. — repetiu para si mesma.

Elas entraram em uma sala muito grande e sombria,
iluminada pela luz fraca de algumas velas espalhadas.
Vários Comensais da Morte estavam nos cantos da sala e, no centro, Lord Voldemort esperava por ela.

De joelhos, à sua frente, um menino se enroscava e segurava o antebraço firmemente contra o peito. Draco.

Seu Draco estava lá, indefeso no chão, chorando.

Elizabeth desejou poder correr e abraçá-lo, consolá-lo, dizer-lhe que lutariam juntos.

Mas ela não conseguiu.

— Elizabeth. — Voldemort virou-se para ela, olhando-a com curiosidade.

Como se fosse uma deixa, Draco se virou; e depois de meses de silêncio, os olhos cinzentos dele se perderam nos grandes olhos verdes dela.

Narcissa Malfoy se aproximou do filho e o ajudou a se levantar, segurando-o até chegar a um canto da sala, ao lado de Bellatrix Lestrange.

— Chegue mais perto, minha querida. — Voldemort ordenou, apontando para Elizabeth com sua varinha.

Ela hesitou, examinando as pessoas na sala, que olhavam para ela divertidas. Ela caminhou lenta mas seguramente em direção ao centro da sala.

E logo atrás do Lorde das Trevas, Draco estava olhando para ela.

— Eu vou ficar bem. — murmurou.

Elizabeth desviou o olhar, prestando atenção apenas no ser à sua frente e, com as mãos trêmulas, levantou a manga de seu manto, deixando o antebraço esquerdo exposto.

Foram alguns segundos de agonia total.

No momento em que a varinha tocou a pele nua, cada fibra do seu corpo foi invadida pela dor.

𝐓𝐀𝐊𝐄 𝐌𝐄 𝐓𝐎 𝐂𝐎𝐔𝐍𝐓 𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐓𝐀𝐑𝐒 | Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora