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Elizabeth era boa em se esconder, sempre foi

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Elizabeth era boa em se esconder, sempre foi.

Ela se escondia de sua mãe quando estava com raiva, de seu pai, de suas emoções quando eram fortes demais. E nisso ela era a melhor.

Ela simplesmente se distanciou da realidade; através de livros, escrita, música. Ela fingiu ser outra pessoa, que estava tudo bem, dizendo a si mesma que, um dia, tudo se resolveria.

Ela nunca aprendeu a superar a dor, porque simplesmente não aceitou que pudesse tentar.

Ela cresceu no amor e na serenidade, sempre teve tudo: um quarto amplo só seu, o carinho dos pais, amigos maravilhosos. Ela se saiu bem na escola, sentiu-se bem com seu corpo e gostou de seu caráter.

No entanto, sempre teve um vazio no peito.

Uma dor oculta que não queria que ninguém visse.

Então sempre fingiu que não existia, que aquele sofrimento não existia.

Estava tudo bem, ela estava bem; não importa o quão morrendo ela se sentisse por dentro, ela tinha que ficar bem.

Mas naquele momento, naquela situação surreal, ela  não conseguia se esconder

Ela usou máscara por tanto tempo que agora não sabia mais como lidar com aquele sofrimento.

Elizabeth passou as semanas seguintes trancada em seu quarto. Os ataques de pânico estavam de volta, os pesadelos a assombravam e a dor no peito piorava.

Ela chorou muito, até ficar entorpecida, enrolada debaixo das cobertas.

— Eu vou ficar bem. — ela sussurrou para si mesma, apertando a mão no peito. — Vou ficar bem. — disse, como se fosse um mantra que aliviaria a dor.

A mãe se preocupava com ela e sempre que trazia as refeições reclamava do pouco que saía, comia e conversava. Mas então se sentava ao lado dela e a abraçava, acariciando seus cabelos até que ela parasse de chorar.

— O que aconteceu com aquele garoto, com Malfoy? — Anna perguntou a ela uma tarde.

Elizabeth encolheu os ombros e olhou para ela.

— Na noite da batalha no Ministério, você voltou para Hogwarts para ver ele. — disse Anna. — E depois?

— Então eu me despedi dele. — Elizabeth suspirou.

— Certeza?

A garota olhou para baixo e não respondeu.

— Eu vi o jeito que você olha para ele, filha.

Elizabeth levantou-se da cama, balançando a cabeça.

— Eu não o olho. — disse, fingindo procurar um livro, esperando que Anna parasse de falar sobre Draco.

𝐓𝐀𝐊𝐄 𝐌𝐄 𝐓𝐎 𝐂𝐎𝐔𝐍𝐓 𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐓𝐀𝐑𝐒 | Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora