Meu Sequestrador.

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Carlos

Por aqui ainda tava tudo meio difícil, ainda estávamos na casa do Juninho, que por sinal foi um grande parceiro durante tudo isso. Meu plano agora era tirar o X9 do morro, pra mim conseguir voltar pra lá com minha irmã, e colocar segurança máxima caso aconteça alguma invasão.

Sobre o X9 que tava no morro, tinha quase certeza de uma pessoa, só precisava colocar o plano em ação pra ter certeza.

Já minha gata, porra, nem tava acreditando, mas eu tava morrendo de saudades dela. Não saber como ela está é o pior de tudo, mas espero que agora esteja bem. 

Por aqui não tinha muita coisa pra fazer, o tédio batia forte, aí que a saudade batia na gata mesmo.

Resolvi ligar pra Diego, na minha mente algo dizia que era ele. Se fosse ele seria um vacilo grande, Diego sempre foi um irmão pra mim. Mas sempre tive a sensação que na primeira oportunidade ele puxaria meu tapete.

Ligação on:

-Iae irmão. -Falei assim que ele atendeu.

-Carlos? Quanto tempo cara. Você anda por onde ? -Percebi na sua voz que ele se assustou assim que soube que era eu.

-Macho tô fora do estado. Liguei só pra pedir que cuide aí por mim do morro, tô cheio de problema. A delegada tá em cima de mim direto. -Joguei a verde pra ver o que ele falava.

-Nem se preocupe que aqui eu tô no comando. Mas me fala aí, onde tu tá ? -Ele perguntou. E a desconfiança aumentava mais ainda.

-Tô no Ceará, em Fortaleza. Vou ficar por aqui até a bala baixar, aí eu volto com tudo pro comando. -Dei um ênfase na palavra comando. Queria que ele soubesse que o dono daquele morro era eu.

-Pois fica tranquilo. Fica aí até essa delegada baixar a guarda pra tu. -Ele falou.

Em nenhum momento ele perguntou da garota, e a minha certeza começou a aumentar mais ainda. Antes ele queria tá o tempo todo no caso, porque que agora nem perguntou ?

Ligação off:

Desliguei a ligação e desci pra sala, Mari tava na cozinha fazendo risoto.

-Eita que gostoso, tô morrendo de fome mesmo. -Chamei a atenção dela que tava concentrada na panela.

-Tô fazendo o risoto que aprendi com Allane. -Ela falou.

-Se não for bom igual o dela, eu falo viu. -Brinquei com ela, Mari odiava que ficasse palpitando nas coisas que ela fazia.

-Venha forte que eu deixo você com fome viu. -Ela falou emburrada.

Fiquei em silêncio só olhando ela fazer o almoço. Meu pensamento toda hora vinha em Allane, dava era raiva, o tanto que eu pensava naquela garota.

-O que é que você pensa tanto em? -Mari perguntou.

-Não é da sua conta. -Falei, e ela começou a rir. Não entendi nada.

-Eu sei que tá pensando na Allane. Nem acredito que a garota te deixou arriado por ela em. -Ela falou, e aí eu comecei a ficar com raiva.

Não gostava que ninguém ficasse dando palpite na minha vida, ainda mais na minha vida amorosa.

-Vai pra merda vai Mari. -Eu falei e a garota só ria da minha cara. Eu não mandava nessa garota mesmo viu

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