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Carlos

Despertei com a ligação do Juninho, filho da puta tava me ligando 6h da manhã, mais quem diabos acorda esse horário.

Ligação on:

-Meu amigo. Bom dia. -Ele falava no tom de deboche, ele sabia que eu tava com ódio dele.

-Você só trabalha é? Dorme nunca? -Perguntei e ele começou a rir no outro lado da ligação.

-Tenho novidades, a delegada acionou a equipe toda pra procurarem você lá em fortaleza, no Ceará.

MERDA, ERA DIEGO O X9, SOMENTE A ELE EU TINHA DITO ISSO. FILHO DA PUTA.

-Sério cara, nem acredito, então já descobrimos quem é o X9. -Falei.

-Quem cara? -Ele perguntou curioso.

-Diego pô. Ontem entrei em contato com ele e informei que tava no Ceará, mandei ele cuidar do morro pra mim. -Falei indignado.

-Filho da puta daquele, que tu considerava teu braço direito, como ele pisou na bola contigo meu irmão desse jeito. -Juninho ficou pasmo. É, eu também tava.

-Meu plano é pegar ele agora. Não quero fazer mandado, quero matar ele com minha próprias mãos. -Eu falei.

-Aproveita e volta pro morro hoje, toda a equipe de policiais vai tá viajando pro Ceará. Toma cuidado, volta no meu carro. -Juninho falou e eu concordei.

Ligação off:

Juninho desligou e eu comecei a me arrumar rápido. Não teria hora melhor do que essa, delegada atrás de mim em outro estado, e eu já sabia quem era a merda do X9.

Corri pro quarto da Mari, ela ainda dormia.

-Mari, acorda, rápido. -Balancei ela com as mãos, ela me olhou extremamente irritada.

-Carlos vai pra porra. Eu tô com sono. -Mari era abusada pra cacete.

-A gente vai voltar por morro, você tem 10 minutos pra se arrumar. -Falei e ela levantou no pulo querendo explicações.

-No caminho te explico tudo, só ver arruma rápido. -Falei e ela começou a ajeitar as bolsas dela.

Desci pra sala e preparei um café da manhã rápido pra mim e Mari. Nem tava acreditando que eu ia voltar pro morro depois de tanto tempo.

Mari minutos depois desceu com suas bolsas e eu fui colocando no carro enquanto ele comia na sala.

-Você não acha perigoso a gente voltar agora. -Mari perguntou quando voltei pra pegar uma mala que tinha esquecido.

-Esse momento vai ser bom Mari. Descobri quem é o X9, a delegada tá atrás de mim em outro estado, vai dá certo. -Contei pra ela, e ela começou a fazer diversas perguntas, não respondi nenhuma.

Quando já estava tudo ok, eu e Mari saímos. Era algumas horinhas de viagem, mas acredito que logo chegaríamos.

12:00h

Já era por volta do meio dia, já avistava meu morro de pertinho, minha vontade de chegar nesse lugar e fuzilar a cara do Diego não tava escrito.

-Não vamos ficar na nossa casa, quero ficar em uma casa mais reservada no topo. -Falei pra Mari assim que íamos chegando.

-Tudo bem. -Ela não falou mais nada e apenas concordou, eu agradeci mentalmente.

-Vou te deixar em casa, tenho algumas coisas pra resolver na boca. Se cuida. -Deixei ela enfrente da casa e beijei seu rosto.

-Se cuida irmão, te amo. -Fiquei esperando ela entrar dentro de casa e partir pra boca.

A casa era bem reservada, na verdade bem simples, era de alguns moradores. No momento seria perigoso voltarmos diretamente pra nossa casa, passei muito tempo longe, não sei como tava o movimento por aqui.

Estacionei em frente a boca de fumo, de longe dava pra ouvir a merda de uma música tocando alto, os vapor tudo na calçada fumando e bebendo. Era assim quando eu não colocava ordem.

Sair do carro rapidamente, pra não ser visto pela vizinhava. Assim que os vapor me viu ficaram espantados. Entrei por eles sem falar nada, eles me cumprimentaram e eu apenas acenei.

-Diego falou que você tinha ido de arrasta meu patrão. -Um deles me seguiu e falou.

-Quem vai de arrasta é ele hoje. -Falei baixo, acredito que ele não tenha escutado.

Empurrei a porta da salinha, dei de cara com Diego, ele estava sentado na poltrona de cabeça baixa.

-Eu já falei seus merdas que não é pra entrarem como quiser nessa merda. -Ele não percebeu que era eu, e começou a reclamar.

O que o poder não fazia com a cabeça das pessoas não é mesmo.

-Desde quando tu trata os vapor assim Diego. -Chamei sua atenção, foi quando ele percebeu que era eu. Sua reação era de espanto, ele ficou paralisado na cadeira, não conseguia mover um dedo.

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