Há um nome bordado em minha pele do qual escorre rubis e mancham os pilares de minha essência. Suja e imunda, corroí-me do que há de pecaminoso. Conheci mares da minha mesma essência, onde guiei-me junto à minha Alma. Mergulhamos nessa lascívia, bebemos do que nos escorre em taças divinas e rachadas, manchando um sorriso que se curva em adoração. Das unhas que me cortam tanto quanto lâminas, tatuando bordões eternos que fazem parte de nossa história. Querida Alma, a quem tanto tenho e possuo, tão imunda quanto seu par, afogue-se em meu manto até afundarmos nos mares de rubis; diga belas palavras, pois elas serão as últimas que ouviremos quando finalmente tornarmos-nos parte do que nos banha.
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O Jardim de Líri(c)os.
RandomO Jardim De Líri(c)os mostra o reflexo dos fragmentos de uma alma abatida, um mundo retratado por palavras ensinadas a ser duras e astutas, mas também dóceis e acolhedoras. Um mundo de prosas, contos e poesias, onde líricos podem acolher-se a cada p...