Quem era eu?

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Por entre as grandiosas batalhas daquele cenário medieval, duas matérias enfrentavam-se no interior de uma arena rica em destroços e rachaduras, corroído por memórias que se exibiam por toda parte; a plateia calorosa era o meu eu servindo-se da luta entre várias réplicas de si mesmo. Uma enorme disputa sem perdedor ou vencedor, regadas pela constante aparição da crescente dor já enraizada.

Quem era eu, afinal? Contemplando uma disputa violenta que não levaria a nada, com ecos e imagens sendo criadas e recriadas como se recebessem novas rotas além do existente. Ainda que eu ouça minha voz, não a reconheci como parte de mim em meio à carnificina de meu âmago. Se todas as imagens e réplicas devem ser parte de mim, não sei qual delas eu devo ser. Um ciclo tortuoso que me guia além do desconhecimento, numa camada tão profunda que o fôlego se esvai quando aquela bagunça me envolve num abraço sufocante e eu me vejo desaparecer novamente em minha própria imagem.

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