Seu amante, seu predador.

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O abismo da mente assemelha-se a um labirinto infinito e espesso de escuridão, onde o homem se perde e jamais encontra seu brilho. Quando o fio de esperança recai sobre seus ombros, outra falha é vista; a máscara da saída cai-se e revela o pesadelo da desolação, a eterna prisão. O faz pensar que seu criador o abandonou ao dar-lhe como bússola a sorte, uma moeda de dois lados - um barco à deriva sem ninguém que o controle. Diante da dor, ele estará despido para seu amante, o desespero; e, feito uma criatura ingênua da crueldade mundana, irá se derramar nos braços de seu predador. A ilusão será tão soberba e presunçosa que o fará crer na irrealidade dos sonhos, ansiando estar em um destes para que seu sofrimento seja imaginário. Para que, ao abrir os olhos, encontre a luz, sua saída para tamanha escuridão: e, no fim, ele nunca sairá de lá.

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