A dádiva que nos permite capturar emoções em meras junções de palavras, mesmo com sangue escarlate dançando em lâminas afiadas. Onde gotas formam linhas avermelhadas, registrando em tons sangrentos cada emoção emaranhada. E mesmo que a caneta manche a folha, é o sangue que lhe marca e ofusca o silêncio de sua mente perturbada.O poder que traz conforto e, em contrapartida, lhe controla. Não há cortes que confortem, somos vítimas do que nos assola. Ainda que não veja as escritas de suas mágoas, saberás que ali estão presentes, como um pedido de socorro, uma alma detenta de seu próprio remetente.
Um pedaço de dor é registrado em cada linha. A garganta está seca, as lágrimas já não saem desta alma vazia que, mesmo à beira da morte, registra suas dores nas bagunças de suas linhas. No mundo da literatura, suas emoções são pontiagudas. A palavra que lhe mata, é a mesma que lhe ajuda. É uma dádiva que se ganha, tens o poder de bendizer e construir; a maldição que se recebe, uma guerra entre matar ou se ferir.
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O Jardim de Líri(c)os.
AcakO Jardim De Líri(c)os mostra o reflexo dos fragmentos de uma alma abatida, um mundo retratado por palavras ensinadas a ser duras e astutas, mas também dóceis e acolhedoras. Um mundo de prosas, contos e poesias, onde líricos podem acolher-se a cada p...