Inabilidade às lágrimas.

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O pranto se encurta dentro de mim, comprimindo-se às vias nasais. No fundo da minha garganta, ele se cala e resiste, não importa o quanto puxe a corda invisível que une os olhos à minha alma, ele permanece obstinado em ficar dentro, recluso, preso, mantendo lágrimas de refém. E apesar do desejo em soltá-lo, tampouco defrontei o vazio. Sei do necessário, mas não há forças para tal. Não há espaço para emoções além da dor. Como um peso que me sufoca, arranca minha vida, enquanto me prende em meu próprio sofrimento.

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