(APRECIANDO A VIDA EM SUAS IMPERFEIÇÕES)
Vivendo com imperfeições e buscando inspiração na música, mergulho em uma linha de pensamento que encontro em Arthur Schopenhauer, onde ele defende a contemplação do belo como uma forma de mitigar a dor inerente à existência. Nessa perspectiva, identifico duas maneiras de apreciar o belo: através da arte e das sutilezas do cotidiano.
A música ocupa um lugar especial em meu coração como uma forma de expressão artística que transcende as barreiras da linguagem. Assim como Nietzsche afirmou que "a vida sem música é simplesmente um erro, uma tarefa cansativa, um exílio", reconheço profundamente a importância da música em nossas vidas. Para mim, a música é um refúgio para os inquietos e um bálsamo para os bons corações. Quando coloco meus fones de ouvido e saio para caminhar, sinto como se a vida adquirisse um ritmo musical, transformando-se em uma peça teatral na qual sou tanto espectador quanto figurante. A música preenche minha jornada, trazendo significado e beleza ao meu mundo.
Além disso, encontro inspiração nas pequenas maravilhas do cotidiano. Assim como Rubem Alves, aprecio estórias e anedotas que revelam a magia oculta nas entrelinhas da vida. O mito de Penia, a personificação da penúria e da deficiência, que se uniu a Porus, a personificação da riqueza, durante a festa em honra ao nascimento de Afrodite, desperta meu fascínio. Desse encontro improvável, nasceu Eros, o amante da beleza e seguidor de Afrodite. Esse mito pode ser interpretado como um poderoso símbolo de que o amor nunca se contenta consigo mesmo, sempre transborda e traz vida. Da mesma forma, um pintor coloca em sua obra toda a expressão que transborda de seu ser e não pode mais ser contida. Vejo o amor como algo semelhante: quando um casal apaixonado dá à luz uma criança, é uma representação do amor em sua forma mais pura e bela.
Ainda, há um símbolo que encontro na tradição do Zen budismo que me fascina: o Ensõ. É uma representação circular feita com uma única pincelada, realizado em um único sopro e em uma única direção, sem a possibilidade de voltar para refazê-lo. Essa expressão artística nos lembra que a vida segue em uma única direção, e não podemos retornar ao passado para refazê-lo. Essa busca incessante pela perfeição e pela beleza, mesmo diante das adversidades da existência, nos lembra que, mesmo que não pareça, a vida é bela mesmo com suas imperfeições.
É nessa busca que encontramos a essência da vida e a capacidade de apreciar a beleza presente em cada momento. Mesmo quando confrontados com os desafios e obstáculos que surgem em nosso caminho, é importante lembrar que a vida em si é um presente repleto de momentos preciosos. Carpe diem!
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Diário de Alguém que Cresceu às Pressas
AcakNum mundo obscurecido pela desilusão e pela introspecção, acompanhamos a jornada de um protagonista atormentado pela lucidez de sua própria alma. Nessa narrativa introspectiva, o protagonista confronta sua própria insignificância e mediocridade, enq...