↠Cᥲρίtᥙᥣ᥆ 016↞

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Quando a consciência recai sobre Morgan a primeira coisa que ela consegue assimilar é a maciez extrema que lhe ronda e acolhe de todas as melhores formas possíveis. A brisa suave lhe encontrava, trazendo consigo o aroma doce a aconchegante que lhe abraçava.

A mulher abre os olhos com certa lentidão, seu corpo ainda estupidamente pesado e cansado, mas ao menos não existia mais nenhuma dor em sua cabeça, mesmo com a iluminação natural que adentrava pelas cortinas escuras e finas das janelas da varanda.

Estava claro que aquele quarto não era o mesmo em que Morgan estava ficando há poucos dias, aquele era muito mais soturno, as paredes eram em um tom azul tão escuro que quase chegava a ser um preto brilhante, o teto também era da exata mesma cor, mas existiam algumas formas suaves pintadas com um branco suave e um prateado brilhante.

A Stuart demora alguns segundos para conseguir distinguir os desenhos sobre a sua cabeça, eram nuvens fofas e suaves, estas que abriam espaço entre si para dar lugar as estrelas brilhantes e reluzentes. Ela sente que poderia estar de fato observando o seu noturno, não apenas uma pintura tão detalhada e realista.

-Como está se sentindo? - A voz grave e soturna de Morpheus faz com que a morena finalmente foque seus olhos nele, percebendo que o ser estava sentado em uma cadeira de madeira escura ao lado da cama.

Morgan se remexe na cama, se sentando ali e respirando de forma profunda, tentando colocar em palavras como ela estava se sentindo para informar ao maior.

-Mole. - Murmura ela levando uma de suas mãos à têmpora de sua cabeça, massageando o local. - Mas sem dor.

O Perpétuo concorda com a cabeça, antes de se levantar de sua cadeira e se sentar na cama, tal ato pega a humana de surpresa, mas de forma surpreendente o instinto de se afastar em um rompante não surge em seu corpo. Nem mesmo quando a mão do homem toca cuidadosamente sua testa.

-A febre passou. - Ele informa ao passar o dorso de sua mão pela bochecha de Morgan.

Stuart permanece calada, tentando decifrar o olhar no rosto do homem que estava a lhe encarar de forma fixa.

-Precisa comer. - Com esses dizerem o ser se inclina para o lado, pegando uma bandeja prateada na cômoda ao lado da cama, antes de a colocar sobre o colo da morena.

Morgan faz uma leve careta ao olhar para a comida diante de si, não por nojo, mas por não estar com fome alguma. Por mais que as torradas com geleia estivessem com uma aparência deliciosa a humana ainda não sentia vontade alguma de comer.

-Esse quarto é seu? - Questiona a morena, pegando a xícara de chá e bebericando um pouco, sentindo a doçura e a quentura suave inundarem sua boca e molharem sua garganta seca.

-Sim.

Como de costume Morpheus ainda se mostrava um homem de poucas palavras, coisa que não surpreendia Morgan de nenhuma forma, afinal, era óbvio que ele não era nem um pouco verbal.

-Foi a Melione que pintou o teto? - A mulher questiona sem conseguir se conter.

A Perpétuo levanta o seu olhar para o céu noturno que recobria toda a extensão do teto, as lembranças de quando sua amada decidiu fazer tal arte inundam completamente sua mente, lhe fazendo suspirar saudoso.

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O peso da cabeça da Deusa sobre o peito desnudo do Perpétuo era suave, o calor de seus corpos se complementavam e se envolviam de forma única e natural, os esquentando sob os lençóis macios que os recobriam. Como sempre deveria ter sido e como para sempre seria, se deles dependesse.

𝑻𝒉𝒆 𝑫𝒓𝒆𝒂𝒎 𝒂𝒏𝒅 𝒕𝒉𝒆 𝑵𝒊𝒈𝒉𝒕 - 𝘛𝘩𝘦 𝘚𝘢𝘯𝘥𝘮𝘢𝘯Onde histórias criam vida. Descubra agora