↠Cᥲρίtᥙᥣ᥆ 018↞

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Não existia nenhuma forma humana ou divina de pesar os sentimentos que os seres vivos sentiam, o sentimento poderia estar queimando sua garganta, nublando seus olhos com as lágrimas e devorando seu coração, mas ainda assim não existia nenhuma pala...

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Não existia nenhuma forma humana ou divina de pesar os sentimentos que os seres vivos sentiam, o sentimento poderia estar queimando sua garganta, nublando seus olhos com as lágrimas e devorando seu coração, mas ainda assim não existia nenhuma palavra real para transmitir com exatidão o que te consumia.

Você poderia falar; "estou com raiva.", "cansado.", "com medo.", "ansioso.", mas estas são apenas palavras que em poucos segundos seriam carregadas pelo tempo e perdidas rapidamente no véu escuro da memória.

Ninguém poderia saber ao certo o que se passava no interior da outra pessoa, e isso causava uma sensação de isolamento na maioria dos seres pelo Universo, pois eles sabiam que nunca seriam completamente compreendidos por ninguém ao redor.

Isso doía tanto quanto assustava.

Infelizmente existia uma coisa muito pior do que não ser capaz de explicar o que se passava em seu coração para os outros, e isso era não saber nem ao menos distinguir o que de fato se passava consigo mesmo.

Nada era pior do que estar em dúvidas sobre o que lhe afligia, sobre o que verdadeiramente causava um aperto doloroso em sua mente e fazia com que sua mente girasse sem parar.

E por infelicidade do destino, era exatamente nesta posição angustiante que Morgan se encontrava no momento. Ela se sentia completamente à mercê de uma coisa que ela sabia que nunca seria capaz de controlar.

A Stuart queria se sentar sobre aquelas pedras e chorar, chorar até que seus pulmões queimassem e virassem nada além de cinzas quentes e chamuscadas, estas que seriam levadas pelo vento quando morresse.

Se a mulher não estivesse tão perdida em seus próprios, e tortuosos, devaneios, ela poderia até mesmo vir a apreciar todo o cenário utópico ao seu redor; a brisa era suave, o cheiro de plantas e terra molhada rondava o ambiente, as árvores era gigantesca e muito bem cuidadas, onde pareciam a ver pequenos vagalumes brilhando ao redor delas.

Morgan sabe que estaria completamente embasbacada com a beleza do Mundo das Fadas, se não fosse pela prisão de sua própria mente.

O Reino era magnífico, muito diferente do Reino de Morpheus, mas ainda assim tão... brilhante, sim, brilhante deveria ser a palavra certa para descrever.

O castelo a diante era gigantesco, mas de alguma forma milagrosa existiam raízes enormes e grosas de árvores ao redor de toda a estrutura, era como se as plantas ao redor estivessem tentando engolir a construção.

Existia também o tremor fraco das luzes ao redor, estas que estavam penduras e organizadas milimetricamente em cada lugar necessário, sempre utilizando a natureza ao redor para iluminar o caminho de pedras.

Diferente de Morgan, Morpheus era capaz de ver muito mais do que a fachada de beleza do Mundo das Fadas, ele percebia mais especificamente a ausência de sons e de seres ao redor. Há tempos ele já havia sido um convidado de honra naquele Reino, onde ele fora recebido com graça e festividade pelos Seelies, as fadas em geral eram seres animados e receptivos, mas agora não havia nenhum vestígio delas em lugar algum.

𝑻𝒉𝒆 𝑫𝒓𝒆𝒂𝒎 𝒂𝒏𝒅 𝒕𝒉𝒆 𝑵𝒊𝒈𝒉𝒕 - 𝘛𝘩𝘦 𝘚𝘢𝘯𝘥𝘮𝘢𝘯Onde histórias criam vida. Descubra agora