Cicatrizes | Joaco Piquerez

cinco.

Se possível, coloquem "sofá, breja e netflix - mac júlia e pejota" pra tocar e aproveitem a leitura! 🤩

📍 Flashback do dia 3 de março de 2022, São Paulo.

Já tínhamos tomado banho e estávamos na sala de casa, sentamos um ao lado do outro e eu me dei a liberdade de jogar minhas pernas em cima das coxas dele. Daí, ele se deu a liberdade de ficar passeando a mão por ela. O que me causava alguns arrepios quando ele subia a ponta dos dedos até a altura da popa da minha bunda.

Seria muito hostil dizer que já tava ficando excitada com isso?

Mas porra, é o Piquerez! Sem camisa, só com uma bermuda de treino e uma taça de vinho. Bem na minha frente.

Gente, 6 fucking horas da manhã.

E sinceramente? Isso era uma das coisas que eu mais amava na minha relação com o Joaquín.

Ele inventou de abrir uma garrafa de vinho às 6h da manhã de uma quinta-feira?
Quem sou eu pra falar algo?
Eu fui no embalo sem me preocupar com um nada?
Ele também não questionou.

Nós simplesmente estamos sentados no sofá, batendo o maior papo, com a vasta iluminação da fresta da cortina que não estava completamente fechada.

E tava tudo bem.

— A propósito, como você e a dona Lia se conheceram? - perguntei curiosa.

— ¿Por qué tanta curiosidad?
     Por que a curiosidade? - ele devolveu a pergunta.

— Porque você não mora aqui e ela te cumprimentou toda simpática. Não pareceu ser a primeira vez que vocês se falaram - respondi óbvia.

— Ella es palmeirense, entonces ya me conocía. Nos habíamos visto abajo en la puerta del ascensor unas cuantas veces, pero yo no sabía que ella vivía en el mismo piso que tú.
     Ela é palmeirense, então já me conhecia. Tínhamos nos visto lá embaixo, na porta do elevador umas vezes, mas eu não sabia que ela morava no mesmo andar que você - ele comentou.

— Hmm, pensei que vocês tinham se encontrado por aí, em outros andares - comentei e tomei o último gole de vinho que tinha na minha taça.

De primeira, ele me olhou um pouco confuso. Depois, um sorriso sacana apareceu em seus lábios.

— ¿Te pones celosa, cariño?
     Tá com ciúme, cariño? - ele perguntou, tirando a taça da minha mão e aproveitou pra acabar com a mínima distância que havia entre nós, depositando alguns beijos no meu pescoço.

— Claro que não. Hm... Foi só um comentário
- respondi com um pouco de dificuldade.

— Está bien. De todos modos, la mujer que quiero está justo delante de mí.
     Tudo bem. De qualquer maneira, a mulher que eu quero tá bem aqui na minha frente mesmo.

Ele afirmou dando de ombros e em seguida, assim que deixou nossas taças na mesinha, uma de suas mãos foi pra minha nuca. Esse é meu ponto fraquíssimo.

E ele sabe muito bem disso.

Assim que ele puxou os fios de cabelo daquela região, eu já amoleci e ele aproveitou pra me colocar no colo dele e me beijar.

Era um beijo calmo, lento, ele tateava cada canto da minha boca com a língua e era tão gostoso os lábios dele nos meus com aquele saborzinho de vinho no final... Mas por mais delicado que fossem seus toques, eles eram completamente carregados de tesão e desejo. Era como se necessitássemos daquilo pra sobreviver.

Caralhoooo, que beijo bom.

Meu ventre esquentava e minha intimidade formigava a cada vez que suas mãos me tocavam em algum lugar diferente. Minha pele se arrepiava. E minha mente só sabia pensar em como eu queria que tudo aquilo terminasse.