Cicatrizes | Joaco Piquerez

seis.

⚠️ LEIAM AS NOTAS FINAIS, POR FAVOR! TERÁ UM RECADO MUITO IMPORTANTE ⚠️

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Alguns dias depois, teve Palmeiras x Santos no Allianz. Eu logicamente estava lá e o Palmeiras venceu com um gol de pênalti do Raphael. O tanto que fui zoada nesse dia foi putaria, então depois que a partida acabou, não quis ver mais nenhum dos meninos na minha frente. Só falei com as meninas e com alguns jogadores do meu time que me reconheceram, no corredor do Allianz.

Fui pra casa, mas nesse mesmo dia, o Joaquín foi pra lá tirar minha paz. E esse chato também não me deu sossego enquanto não fomos tomar café com a dona Lia, como havíamos prometido à ela.

Alguns meses se passaram. As coisas foram se ajeitando e aos poucos, minha vida tinha  deixando de ser tão caótica.

Contratei uma gerente pra clínica e ela estava me ajudando com a rotina de lá. Essa semana eu comecei a minha rotina de trabalho home office. Reuniões e mais reuniões. Busca de aperfeiçoamento tanto pra mim, como pros meus colaboradores. Procurando melhorar ainda mais o ambiente de trabalho deles, enfim.

Tenho me esforçado muito pra ser mais presente na vida do Rapha. Ainda mais, depois desse término dele. Ele ficou muito mal e estou tentando ser mais presente, pra que ele não se afunde tanto nisso. E também, tenho me aproximado ainda mais da Jazmín, esposa do Gómez. Ela tem ido à clínica e isso nos fez ter muito mais contato. Então temos nos visto fora do mundo do futebol, tomado alguns cafés da tarde e chimarrão juntas.

O que pra mim, tem sido maravilhoso. Assim como a Clarisse, ela tem me ajudado muito a superar meus traumas. Elas são mais maduras, têm mais experiência, viveram coisas que eu ainda não tenho perspectiva e nem vontade de viver, mas que antes, eu não aguentava nem ouvir falar. Como por exemplo: casamento e filhos.

Tem sido uma troca muito boa. Anna e Rapha também têm enxergado essa evolução e como sempre, estão radiantes por mim.

Nesse meio tempo, Palmeiras tinha ganhado mais um título. O do Paulista, em cima do São Paulo e que foi de tirar o fôlego. No primeiro jogo, que aconteceu no Morumbi, o tricolor venceu por 3x1. O Pablo Maia fez um e o Calleri dois. Quem marcou o gol do Palmeiras, foi o Rapha.

Uns dias depois, aconteceu o jogo de volta no Allianz. O Palmeiras simplesmente conseguiu reverter o placar e meteu um 4x0. Com gols do Danilo, Zé Rafael e dois do Veiga. Foi lindo demais.

O ano deles tava uma loucura. Foi a Recopa, bem no início do Paulista, agora eles mal tinham ganhado o Paulista e já começaram a disputar a fase de grupos da Libertadores, poucos dias depois começou o Brasileirão e como se não bastasse, começaram a disputar também, a Copa do Brasil. O intervalo máximo entre um jogo e outro era de uns 4/5 dias.

Falando em Copa do Brasil, foi nessa competição que Joaco fez seu primeiro gol pelo meu rival. Foi no Allianz, no jogo de volta, das oitavas de final. E apesar de eu ter ficado radiante pelo primeiro gol dele e de terem vencido a partida com esse gol e mais um do Rapha, a partida foi pros pênaltis e o São Paulo avançou.

Mas o que tava ruim, piorou. Além de ter que lidar com a tristeza dele, daquela eliminação, no jogo seguinte, no Allianz, com o Palmeiras vencendo o Cuiabá por 1x0, quase no fim da partida, o uruguaio pediu pra sair.  O que eu achei muito estranho e fiquei com os nervos à flor da pele, até conseguir vê-lo e saber o que tinha acontecido. E ele tinha se lesionado. Agora, nós dois estávamos tristes.

E por falar em Joaquín, nós seguimos com nosso caso indefinido. Sempre que temos a oportunidade, nos vemos. Com ele em recuperação e eu no home office conseguimos nos ver bastante e eu tô amando, não posso negar. E quando parece que não vamos conseguir, nós sempre temos uma desculpa pra isso acontecer. Principalmente quando não temos um dia bom ou estamos tristes. Essa é a desculpa perfeita pra passar o máximo de tempo possível juntos.