oito.

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⚠️ LEIAM AS NOTAS FINAIS, TEM UM RECADO IMPORTANTE LÁ!!! ⚠️

Esse capítulo aqui pode conter um gatilho muito grande pra algumas pessoas, então se sentir desconfortável, pulem esse capítulo, por favor. Desde , quero pedir desculpas caso alguém se sinta desconfortável e dizer que se quiser, podem me chamar pra conversar! Você não está

.

Eu tinha a sensação de que o mundo havia parado e que estava no inferno, mas me contive. Não quero desabar na frente dele.

— Você por aqui? - ele perguntou sustentando um sorriso tão cínico quanto ele.

— A época que eu vivia trancada, me isolando do mundo com medo de encontrar você passou, querido! - respondi no mesmo tom.

— Já que a sua frescura passou, então nós podemos conversar - ele falou e agarrou meu braço.

— Nem fodendo! - retruquei.

Senti minha garganta queimar, a vontade de chorar e sair correndo veio com força. Olhei pra trás e o Zé ainda tava atendendo um pessoal. Avistei o Joaco no bar e sibilei um "me ajuda", mas a ridícula da peguete dele o segurou quando percebeu que ele viria até mim.

— Nós temos que conversar, bebê - ele afirmou, segurando meu braço com mais força.

— Nós não temos nada! - esbravejei e tentei fazer ele me soltar, o que foi em vão - Eu inclusive acho o contrário. Quanto menos você falar ou se aproximar de mim, melhor eu fico. Agora me solta! - falei mais alto.

Assim que terminei de falar ele apertou meu braço ainda mais. Eu queria gritar, vomitar, me espernear se fosse preciso, mas meu corpo já tinha começado a não me obedecer mais, então travei.

— Eu mandei você me soltar, por acaso além de psicopata você é surdo? - perguntei.

— Você continua a mesma chata de sempre, né?
- ele riu e começou a me puxar.

Olhei desesperada pro Joaco, mas a querida cunhada do Fabinho fez o favor de fazer ele a abraçar e o virou, fazendo ele ficar de costas pra onde eu tava.

Eu comecei a me desesperar ainda mais. Porque por mais que eu tentasse me desvencilhar do Felippe, ele era muito mais forte do que eu, e conseguiu me arrastar por mais alguns passos, enquanto eu implorava pra ele me largar e me deixar em paz. Até que senti alguém segurar minha mão.

— Quem você pensa que é pra sair levando ela assim? - Zé perguntou chamando a atenção do Felippe.

Eu aproveitei a distração dele e fui pra perto do Zé.

— Eu que devia saber quem é você que tá se metendo onde não foi chamado! - ele respondeu encarando o Zé de cima à baixo com desdém.

— Eu sou amigo da Mavie e ela tá co-mi-go. Quem tá se metendo onde não foi chamado aqui, é você! - Zé retrucou no mesmo tom.

— Amigo? - Felippe perguntou rindo e exalando sarcasmo - Aposto que essa vagabunda tá querendo é virar esposa troféu!

Meu sangue ferveu, mas antes mesmo que eu pudesse falar ou até mesmo fazer algo, vi o punho fechado do Zé na cara do Felippe e antes que ele pudesse revidar, eu entrei na frente, pra que o Felippe não pudesse alcançar o camisa 8 do Palmeiras e no fim, quem quase levou um soco foi eu.

Cicatrizes | Joaco Piquerez Onde histórias criam vida. Descubra agora