onze.

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Pois é... Não é que vocês bateram mesmo a meta pra um capítulo bônus no meio da maratona??? GENTE, EU TÔ TODA ME TREMENDO, tenho nem roupa pra esse evento 😂

Vou deixar a falação pras notas finais, nos vemos !

Boa leitura ❤

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Acordei com uma puta claridade me incomodando e a dor de cabeça foi instantânea. Fora a dor no corpo, que eu parecia ter sido moída igual carne no açougue.

— Não faz muito esforço, filha! - ouvi a voz da minha mãe quando tentei levantar e sorri.

— Eu bati numa árvore ou fui pisoteada na São Silvestre? Nossa, meu corpo todo tá doendo!

Assim que reclamei, ouvi várias risadas. Denunciando que não estávamos sozinhas.

Quando consegui abrir os olhos, foi inevitável não perceber que estava no hospital. Do meu lado esquerdo estavam meus pais, do direito Annaliz e Veiga, nos pés da cama, Zé Rafael e Joaco.

— Você lembra do que aconteceu? - Liz questionou.

Assim que ela terminou de falar, me veio o flash do banheiro e do acidente na memória e eu senti uma portada na cabeça.

— Queria esquecer! - afirmei desanimada - Mas como vocês ficaram sabendo? - perguntei curiosa.

— Não acha que já tá se desgastando demais pra quem acabou de recuperar a consciência não? - Veiga devolveu a pergunta.

— Vou chamar a médica pra ela vir te ver e falar se você já pode tagarelar desse jeito - Zé disse e eu fiz cara de ofendida, enquanto ele saiu rindo.

— Nós sabemos que você quer falar, bebê... Mas espera mais um pouco, só até a médica vir. Não vai demorar muito - meu pai me confortou, fazendo um carinho no meu cabelo.

— Mas pai... -tentei argumentar.

— Nossa, que dificuldade de manter a boca fechada, hein garota? - Raphael cutucou meu braço, me interrompendo e eu o olhei feio.

Olhei pra Annaliz com carinha de cachorro pidão, na esperança de que ela, como uma mulher tagarela assim como eu, tivesse compaixão e empatia por mim.

— Sinto muito, não vou levar bronca por te acobertar na cara dura à essa altura do campeonato - ela falou apontando pros nossos pais com o nariz.

Cretina! Mas eu ainda tinha uma última chance.

E ela estava de pé, me olhando com aquele olhar doce e preocupado. Nossos olhares se encontraram e embora estivesse um pouco distante, mesmo sem tocar nenhum milímetro da minha pele, o olhar dele me aquecia.

No me pongas esa cara (Não faça essa cara). Por favor, cariño. Só mais um pouquinho. Tenho certeza que a médica não vai demorar.

Joaquín falou e repousou a mão na minha perna e deu um leve afago. Suas mãos quentes, em contato com a minha pele fria,  fizeram com que um arrepio começasse por lá e se estendesse até meu último fio de cabelo.

Cicatrizes | Joaco Piquerez Onde histórias criam vida. Descubra agora