Paradise on Earth - JJ Maybank

31

JJ Maybank:

Estava andando do figure 8 até o lado pogue à pé mesmo, precisava esfriar a cabeça para não arrumar outra briga.

Eu entendia ela, eu realmente entendia ela.

Nós dois sofremos com o mesmo problema, os homens que deveriam cuidar da gente, faz o contrário, e eu queria que ela soubesse que eu quero ajudar ela, porque eu sei como é passar por isso, eu não quero que ela passe por isso sozinha.

Mas pelo visto, ela tem a ajuda do Cameron, o que em certa parte me deixa aliviado, mas eu queria que ela confiasse em mim também!

Eu não sei ao certo o que pensar sobre isso, porque ela simplesmente disse para eu deixá-la sozinha, mesmo não querendo eu respeitei a sua vontade, deixei ela ter o tempo que ela precisava, e logo depois ela aparece na casa dos Camerons?!

Pode parecer tóxico ou até patético, mas porra, eu quero ajudar ela! Eu me importo com ela, eu realmente me importo!

Ela me deixa assustado as vezes, porque a cada dia que passa os meus sentimentos por ela só cresce, e eu nunca senti isso, nunca amei desse jeito alguém ou nunca me senti amado.

Essa sensação ao mesmo tempo que é muito boa, também é muito assustadora, porque eu não sei o que vem depois, não sei se vai durar para sempre, não sei o que pode acontecer e eu não sei o que fazer.

Eu não consigo demonstrar o que sinto e isso é angustiante, isso me sufoca, e agora sinto que ela nem sente o mesmo, que pra ela isso é apenas uma distração, uma diversão.

O meu coração se aperta cada vez mais quando penso nisso, quando sinto ela me afastando, porque ela tomou conta dos meus pensamentos, ela tomou conta de mim por completo, e isso é assustador pra caramba.

E sinto que é errado eu me sentir ameaçado pelo Rafe, mas porra, é automático, e é completamente inevitável, qualquer uma escolheria o cara rico que pode oferecer tudo o que quiser, não o cara que só tem problemas.

- O que você quer garoto?! Você só volta pra casa quando quer algo do seu interesse. - escuto a voz do meu pai, e é aí que vejo que estava entrando na varanda de casa.

- Só me deixa em paz, beleza? - resmungo sem nem olhar pro rosto do mais velho, tentando evitar uma briga.

- Olha só, você deveria começar a trabalhar, dezessete anos nas costas e não trabalha. - ele fala irônico e agora eu olho para ele indignado.

- Se você conseguisse ficar sóbrio por uma hora e prestasse mais atenção ao seu redor, você saberia que eu já trabalho a muito tempo! - respondo ríspido, vendo o velho com um monte de garrafas em volta. - Porque se eu fosse depender de você para alguma coisa, eu estaria fudido! - falo irônico.

- Não tem que ficar dependendo de mim também não, tem que se virar seu covarde! - ele responde se levantando e se aproximando de mim.

- Não vou brigar com você, estou cansado dessa merda já. - resmungo me afastando e tentando ir para meu quarto, mas óbvio que o velho teria que dificultar as coisas.

- Engraçado, você vive falando isso mas sempre volta. - ele fala irônico, olhando em meus olhos e ri seco - Sabe porque? Porque você não é ninguém pra conseguir se virar sozinho nesse mundo, você fala de mim mas faz pior! Você é bem pior do que eu! - e são com essas palavras que eu perco o meu controle.

Empurro o meu pai com força, sentindo a raiva pulsar em minhas veias. Ele levanta com dificuldade por estar completamente drogado e tenta acertar seu punho no meu rosto, mas sou rápido e desvio dele, fazendo ele cair pra frente.

- Seu moleque desgraçado! - Luke grita correndo na minha direção, tento me defender mas ele estava com tanta raiva que acerta um soco em cheio no meu rosto do lado direito.

- Sai de cima porra! - falo com dificuldade por ele ter se jogado em cima de mim e distribuir vários socos por todo o meu rosto.

Empurro ele com as minhas pernas e me levanto do chão, tento recuperar a minha respiração mas o desgraçado aparece na minha frente de novo, pronto para acertar outro soco no meu rosto.

A minha paciência já estava no limite, seguro seu pulso e com a outra mão livre bato em seu rosto com meu punho várias vezes, descontando a minha raiva dele e de mais cedo.

Estava perdendo completamente a minha consciência, estava cansado disso, estava exausto com ele sempre fazendo a mesma merda.

Retorno a minha consciência quando sinto alguém me puxando para trás, vejo o meu pai desmaiado no chão com o rosto inteiro sangrando, olho para trás e vejo Mari assustada, intercalando seu olhar em mim e no meu pai jogado no chão.

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Chegamos no capítulo 31!!!!! Isso é um milagre viu gente.

Estamos quase chegando a 1000 leituras aqui, já estou surtando 🥹🥹

Estão gostando da fanfic gente??? Me avisem qualquer coisa 🧏🏽‍♀️

Deixem a estrelinha se estiverem gostando 🫶🫶