"Paradise on Earth" se passa em uma ilha paradisíaca, dividida entre duas classes sociais distintas: os Pogues, representando a classe trabalhadora e menos privilegiada, e os Kooks, representando a elite rica. Nessa realidade dividida, uma série de...
- JJ, chega! - ela grita, me puxando para trás, seus olhos estavam arregalados e sua respiração ofegante, olho pra ela completamente confuso.
- O que caralhos você está fazendo aqui?! Como sabia que eu estava aqui? - pergunto confuso, sentindo dor por todo o corpo e o gosto de sangue na boca.
- Procurei por você na casa de John B e você não estava lá, então pensei em vir aqui te procurar. - ela explica, focada em meu rosto, seus olhos um pouco surpresos.
Respiro fundo, tentando me acalmar depois da raiva que acabei de sentir, olho para meu pai gemendo de dor no chão e sinto as lágrimas chegarem.
- Vamos - ela sussurra e segura a minha mão.
Não sabia ao certo o que pensar, as palavras do meu próprio pai ficava rodeando na minha cabeça, sentia raiva dele e estava chateado com ela, estava tudo se misturando e não sei se suportaria.
Marina Trevino:
Tranco a porta do meu quarto e sento o JJ na cama, vou no banheiro e pego o meu kit de emergência.
As minhas mãos tremiam, me sentia nervosa por ele, ver ele batendo no próprio pai me deixou assustada, acho que me deu um gatilho absurdo.
- Vai doer, beleza? Só não se mexa muito. - aviso baixinho, sem saber se devia falar alguma coisa ou apenas ficar em silêncio.
- Eu não preciso dessas coisas, eu tô legal! - ele diz, sendo o JJ de sempre e eu nego com a cabeça, molhando o algodão.
- JJ isso é importante, você está com o rosto cheio de machucados, se não limpar você pode ter infecção! - respondo me aproximando com o algodão na mão, mas JJ desvia o rosto e nega com a cabeça.
- Não é a primeira vez e nunca deu em nada, não é agora que vai dar. - ele responde irônico.
- Ah qual é?! Está com medinho? - Brinco com ele, aproximando o algodão em seu rosto, mas ele desvia e segura a minha mão.
- Não! Eu simplesmente sei me cuidar sozinho. - ele diz com a voz firme e respiro fundo.
- Olha JJ, eu apenas quero te ajudar, eu sei o que você deve estar sentindo agora, sei que está doendo, então por favor, não tenta me afastar agora. - falo me sentando ao seu lado com as pernas cruzadas e JJ apenas ignora.
- Posso pelo menos limpar seu rosto? Você está cheio de sangue. - pergunto com cautela, JJ parecia estar em seu limite agora.
Não espero ele responder e passo o algodão em volta dos machucados, apenas para limpar o sangue que havia na região.
Lavo os ferimentos com solução salina e seco com uma pequena toalha, em seguida aplico uma pomada para evitar infecções e cubro o maior ferimento com um band aid transparente.
JJ não havia se mexido em momento algum, apenas esperava que eu terminasse quietinho.
De vez enquando olhava para meu rosto e fixava seu olhar em meus olhos, e meu coração se apertava ao ver seu olhar vazio.
- Prontinho! - digo quando terminei de colocar o band aid em seu rosto - Quer descansar agora? Acho que você merece.
- Você está sendo falsa pra caralho! - JJ resmunga enquanto se levanta, indo em direção a porta. Me levanto confusa, e fico em frente à porta, impedindo-o de passar.
- Oque?! Estou sendo falsa só porque quero te ajudar?! - pergunto indignada, cruzando os braços.
- Não vem pagar de inocente, beleza?! - ele diz com um tom de voz ríspido, e isso só aumenta a minha confusão.
- JJ, não desconta a sua raiva em mim ok? Eu sei que você acabou de ter uma crise, mas eu não tive culpa de nada disso! - falo com a voz calma, não iria brigar com ele nessas horas, eu não deixaria ele sozinho nessa situação.
- Só seja sincera, você realmente gosta de mim? - ele pergunta com a voz rouca e falha, seus olhos estavam brilhando e sua atenção totalmente voltada à mim.
"Você realmente gosta de mim?" Essa pergunta é direcionada diretamente para o meu coração, esmagando com força, me trazendo uma dor absurda.
Eu gosto do JJ, eu gosto até demais, mas só agora eu percebi que não demonstrava.
Apenas ele falava sobre o que sentia, era raro e era de forma agressiva, mas ele falava, eu não.
Eu estava deixando o meu problema afetar nós dois, e principalmente ele.
E eu estar apenas olhando para seu rosto sem falar nada, está apenas piorando a situação, mas eu não sabia como responder, era algo totalmente fora da minha zona de conforto.
Nunca expressei os meus sentimentos de verdade, não falo como realmente me sinto, prefiro apenas guardar para mim e deixar quieto.
Mas agora ele estava me cobrando palavras de afirmação, eu estava deixando ele confuso, inseguro e incerto.
Ele estava duvidando do que eu sentia, ele não sabia o que eu estava sentindo, e isso estava magoando-o.
- Já entendi! - ele sussurra olhando para a porta atrás de mim, ele me empurra com cuidado para o lado e destranca a porta.
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Feliz Páscoa atrasado aí galera!!💗
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E eu que vi que a fanfic está em 8° lugar, MANO MEUDEUS!!!!!!!
