First

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Como um conto de fadas do avesso. Era nisso que eu estava baseando minha vida ao ir todos os dias naquele maldito hospital onde ele estava fadado a ficar incontáveis dias. Ele era lindo. Provavelmente tinha uma voz suave, que eu podia jurar que me acalmaria nas piores noites. Mas eu não sabia, e durante anos, só falei de mim. Sem ouvi-lo; Definitivamente Harry Styles era um cara estranho, e os médicos deviam confirmar essa minha definição.

Louis entrou em coma aos dez anos de idade, fruto de um acidente, em que seus pais morreram. Seu pai era rico, o dinheiro que ela herdou havia pagado sua internação. Até agora. Doze anos se passaram, eu o vi crescer naquela cama, desejei incontáveis noites poder escutar sua voz, ou ao menos descobrir a cor de seus olhos.

- Harry, eu sei que você tem esperanças, mas... - A enfermeira Jude tocou em meu ombro e eu dei um pulo da cadeira, assustado; Estava há mais de uma hora apenas analisando cada detalhe do rosto dele - Chegou o momento, é hora de dizer adeus, querido.

- Jude, eu imploro, não desliga as máquinas, eu não vou ter forças - Já haviam lágrimas escorrendo por minhas bochechas. Doze anos de minha vida foram dedicados a ele, prometi que nunca deixaria que desligassem os aparelhos.

Lembro-me do dia em que ele mexeu a mão. Eu fiquei tão feliz, contei aos médicos esperando ouvir que tinha sido um milagre, uma melhora, mas eles apenas disseram que espasmos eram normais. Desde meus 13 anos eu o acompanho, deixei de jogar vídeo game, ou sair com outros garotos apenas para vir o ver. Nas noites mais turbulentas de minha adolescência, era Louis quem me acalmava.

Lembro-me exatamente como aconteceu. Gemma estava doente e veio parar no hospital, eu, como um adolescente curioso acabei por "explorar" o local, mas quando passei na porta do quarto dele, algo me chamou a atenção, eu simplesmente não sabia o que era, só fiquei olhando-o através do vidro, e admirando todas as pequenas coisas em seu rosto, em sua pele. Ele estava extremamente branco por causa do acidente recente, o que não me impediu de me apaixonar, ali, naquele momento.

- Mais cinco minutos, Hazz, e eu virei aqui desligar os aparelhos. - Jude saiu do quarto, e eu segurei a mão pálida e gelada de Louis.

- Lou... - Me sentei na mesma cama que ele estava e coloquei a mão livre em seu rosto. - Eu não sei quando, nem como, mas... Eu te amo. Eu te amo e sei que havia prometido diversas coisas pra você e agora aqui estou eu, sem o seu amor e me considerando um idiota mentiroso. Meu amor, meu pequeno, eu me iludi achando que te tinha, quando na verdade me enganei. Eu posso experimentar todos os lábios, todos os abraços, mas sempre será em você que eu vou estar pensando. Eu sinto muito por não ter sido bom o suficiente pra te manter vivo, me perdoe por isso. E me perdoe também por eu estar desistindo de você, e não fazendo o escândalo que você merece, às vezes a esperança morre, mas lembre, que no fim do dia, é com você que eu vou querer estar. Sempre.

Olhei para seu rosto uma ultima vez, e uma lágrima brotou no canto de seu olho direito, meu coração começou a pulsar mais forte, principalmente quando sua mão apertou a minha. Não consegui acreditar no que estava acontecendo. Deixei uma lágrima escapar, então, naquele momento eu descobri a cor de seus olhos.

- JUDE! - Gritei eufórico, sorrindo. Seus olhos eram uma mistura de azul cristalino com um verde resplandecente e passavam uma tranquilidade e inocência que eu jamais havia notado em um outro alguém. - Oi, Lou... - Passei a mão no rosto dele, que pareceu um pouco assustado com tudo.

- Harry? Chamou? - Ela entrou no quarto, se surpreendendo com o que viu. Louis estava de olhos abertos, olhando assustado para tudo a sua volta. - Isso é um milagre! - A enfermeira saiu correndo, e em alguns segundos o quarto estava cheio de médicos, de todos os tipos. Neurologista, psiquiatra, psicólogo, cardiologista, enfim, vários.

Muitos dias se passavam, e Louis começou a realmente acordar, ele ainda não havia se situado no mundo. Jude falou que ele era como um passarinho, primeiro tinha que sair da casca, gradativamente e então depois de ter se acostumado com o mundo, começaria a voar.

Mas o que seria de Louis? Segundo meus conhecimentos, ele não tinha mais família, e em doze anos eu estive aqui, sozinho com ele. Fui obrigado a esperar sem vê-lo enquanto eles resolviam tudo e a cada dia que passava mais nervoso eu ficava, mas não fui pra casa, durante a sexta madrugada, mais especificamente quatro e quarenta e três, escutei um grito vindo de seu quarto, e corri até lá.

- Hey, você está bem? - Perguntei enquanto ele usava o mínimo de cama possível. Louis estava todo encolhido, me fitando com receio.

Ele não piscava, suas mãos agarravam forte o lençol branco da cama, seus cabelos estavam grudados na testa devido a transpiração e a máquina que controlava os batimentos cardíacos estava com um barulho tremendamente alto e insuportável.

🚧🚧🚧

Heyyyyyy, tudo bem com vocês?

Então, esse enredo é originalmente hetero zzzzzz. Mas eu o amo tanto que decidi adaptar para a viadagem. O primeiro e o segundo capítulos eu copiei das autoras originais e adicionei algumas coisas, o resto eu fiz por mim mesma, mas com base na fanfic original.

Vamos esclarecer algumas coias, antes de tudo.

1- Louis não tinha irmãs

2- é um AU bem AU

3- A fanfic é da ~bibsgeisler e da ~Alyh no animespirit

4- ESSA CAPA MARAVILHOSA, LINDA E PERFEITA, foi feita pela minha idola, minha rainha cof cof e melhor amiga, a believelarry

5- O Harry é mais velho que o Louis.

6- Qualquer outra coisa eu falo depois. Comentem, votem, divulguem pros seus cachorros, amigos, pais, irmãos, tios, tias, primos, e etc.

Com muito amor, Liara

Awake || l.s. || HIATUS ETERNOOnde histórias criam vida. Descubra agora