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Dormir foi uma tarefa difícil. Meu sono foi leve e muito agitado, o que me deixou exausta no dia seguinte. E embora eu estivesse com muito sono, não sentia vontade de dormir. Talvez porque o meu cansaço se dava a motivos não físicos. Não sentia meu corpo tão exausto, mas a minha mente... Eu sentia que ia colapsar. Estava preocupada com muitas coisas. Tinha tanto para pensar.
Considerei a possibilidade de enrolar Jungkook e não ir encontra-lo onde havíamos marcado, mas a vida parecia estar fazendo de tudo para que fosse até ele. Assim que cheguei à faculdade, fui comunicada por alguns colegas de classe que a professora havia faltado por motivos médicos, mas como não acreditava em ninguém, fui até a sala de aula e me deparei com a porta trancada e um comunicado pendurado informando sobre a ausência da professora.
Dei a volta no campus e fui em direção à árvore, pensando se realmente devia estar fazendo aquilo ou não. Jungkook era tentador e aquele beijo que ele havia me dado no dia anterior estava me atormentando. Eu nunca conseguia me livrar das memórias de seus toques, olhares e beijos. Era como um martírio. Um inferno particular onde eu incendiava. Mas era tão delicioso. O inferno com gosto de paraíso. Eu estava perdida. Sentia tanta vontade por ele que mal conseguia me conter. Lá estava eu, mesmo completamente transtornada e com a vida de cabeça para baixo, indo de encontro a ele.
Tudo bem que estava indo antes do nosso horário combinado, então teria um tempo sozinha antes dele chegar, mas estava indo porque queria vê-lo. Tentava negar a verdade para mim mesma, mas eu gostava de estar perto dele. Gostava tanto de estar perto dele. Era confortável e também excitante. Estar perto de Jungkook era bom porque eu não precisava me explicar, nem pensar ou tomar iniciativa de nada. Eu podia relaxar e aproveitar o momento, mesmo que isso me custasse a consciência depois. E talvez essa dinâmica tenha funcionado como uma droga para mim. Eu sempre queria mais daquilo.
Ao subir a rampa que dava para a árvore ao lado do prédio de exatas, ouvi a voz de Jungkook bem baixinha falando alguma coisa em coreano. Não entendi uma palavra se quer, mas não conhecia aquele tom baixo e sereno. Era bonito e convidativo, então segui a sua voz e o vi sentado atrás da árvore virada para uma quadra enorme que estava vazia. Devia ser a parte de trás do campus, pois estava deserta. Ao me aproximar, o vi sentado na grama e escorado na árvore enquanto bolava seu baseado e falava ao telefone. Vi sua língua deslizando delicadamente pela seda para grudar a borda no cigarro recém feito. Minha presença rapidamente chamou sua atenção. Suas sobrancelhas arquearam e seus olhos se arregalaram ao me ver parada ao seu lado. Rapidamente ele encerrou a ligação, falando rápido ao ainda me olhar. Quando desligou, pôs o celular na grama ao seu lado e me olhou surpreso.
— Você é sem limite, né? São sete e vinte e dois da manhã e você já vai fumar maconha. — eu disse na tentativa de brincar, mas a verdade é que vê-lo fazer aquilo me incomodou.
— Oi para você também, Barbara. Bom dia. — ele retribuiu a provocação.
— Bom dia, maconheiro.
— O que você tá fazendo aqui a essa hora? Tá me atrapalhando a fumar meu beck, esquisita.
Dei uma risada e o olhei de cima, vendo-o sentado relaxadamente na grama.
— Tome vergonha nessa cara, Jungkook. São sete da manhã.
— Eu não ia fumar agora, só estava bolando.
— Você ia fumar, sim. — eu acusei prendendo o riso.
— É, eu ia. — ele riu.
Ainda bem que tinha chegado a tempo de não vê-lo fumando. Odiava o cheiro daquela merda.
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Catástrofe
Fanfic"No meio desses estudantes estava Jeon Jungkook, um babaca do curso de Música, que se achava melhor do que o resto do mundo. Até aquele dia eu nunca o tinha visto tão de perto, nem nunca havia trocado uma única palavra com ele. Ele era o tipo de hom...