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Despertei no exato momento em que senti dor de cabeça. Logo em seguida uma fome desesperadora me tomou, mas o que mais me incomodou foi o cheiro de merda que estava impregnado no meu quarto. Eu queria abrir os olhos, mas estava com o corpo tão pesado que por alguns instantes só continuei deitada. Eu parecia ter sido atropelada. Mal conseguia me mexer. Mas de repente, sentindo o cheiro de comida sendo feito, despertei de supetão. Até onde me lembrava, ninguém vinha ao meu apartamento, especialmente depois que Anne e Dave fizeram as pazes, ela mal aparecia, embora sempre almoçássemos juntas durante a semana, devido seu trabalho ser perto do meu.
Me esforcei para lembrar o que tinha acontecido, mas estava exausta. Parecia que tinha corrido uma maratona. Entretanto, o cheiro desagradável estava acabando com minha sanidade. Tive vontade de falar uma carreira de palavrões de uma vez só. Não fazia ideia de onde estava vindo o odor, mas quando ficou incômodo demais, então me levantei. Surpreendentemente, me deparei nua e toda a confusão mental que começou, logo terminou quando vi os coturnos de Jungkook jogados ao chão do meu quarto. Aquele arrependimento pós-sexo logo me atingiu, e daquela vez, não pelo sexo, mas pelo que tinha feito ao transar.
— Porra, eu me odeio. — sussurrei com raiva para mim mesma.
Inacreditavelmente eu tinha fumado maconha pela primeira vez na minha vida. E para piorar, eu tinha fumado com o cara que não devia estar transando. Entretanto, minha preocupação a respeito de Jungkook, embora não tivesse acabado, era quase ínfima. Ele já tinha me dado provas o suficiente de que eu não precisava me preocupar muito. E o problema nunca foi realmente ele, mas a minha consciência. E naquele instante a minha consciência estava me surrando.
Vergonhosamente me levantei da cama e fui até o banheiro. Mas antes avistei Jungkook sem camisa na minha cozinha, cozinhando alguma coisa que estava com um cheiro delicioso. Meu estômago doeu só de sentir o cheiro da comida e quase sai correndo para ver se já estava pronto, mas eu precisava de um banho e um tempo.
No banho, a única coisa da qual conseguia me lembrar era de ver os olhos apertados e vermelhos de Jungkook extasiados de prazer enquanto transávamos. Não me lembrava de uma vez em que estivesse tão sensível. O que ele havia dito sobre o haxixe era verdade. Eu fiquei sensível em todos os sentidos. O sexo daquela foi diferente, algo mais tinha acontecido. Mas eu não sabia explicar o que era. E ao lembrar de como transamos, como ele foi atencioso e compreensivo, me fez querer beija-lo.
Confusa a respeito das minhas vontades, sai do banho pensando em tudo o que tinha acontecido naquela tarde. Eu baixei a guarda, fumei um baseado com Jungkook, me abri parcialmente para ele, deixei que me visse num estado de fragilidade, fiquei completamente desinibida durante o sexo, e surpreendentemente a única coisa que estava me deixando realmente preocupada era o fato de ter fumado maconha e que meu quarto estava com cheiro de merda. Meu corpo estava um lixo, mas minha mente, por mais inacreditável que fosse, estava tranquila. Bem, na medida do possível. A situação com meu pai ainda estava me deixando tensa, mas eu não queria dar atenção àquele problema naquele instante. Estava sendo consumida pela fome e a dor de cabeça que estava sentindo.
Guiada pela fome, fui até a cozinha ver o que Jungkook estava fazendo, já que ele não tinha ido embora logo depois que transamos. E ao entrar na cozinha, minha barriga doeu só de sentir o cheiro maravilhoso da refeição que estava sendo preparada. Comida caseira era uma excepcionalidade para mim, já que, basicamente, todas as minhas refeições eram compradas. Não havia muitas coisas na minha dispensa ou geladeira, eu não sabia cozinhar. A cozinha do meu apartamento só era utilizada quando Anne ia lá, mas naquele dia, naquele domingo em especial, Jungkook estava cozinhando.
— Tá com fome? — ele perguntou assim que parei ao seu lado.
— Morrendo. — minha voz saiu rouca de cansaço. — Minha barriga tá doendo.
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Catástrofe
Fanfiction"No meio desses estudantes estava Jeon Jungkook, um babaca do curso de Música, que se achava melhor do que o resto do mundo. Até aquele dia eu nunca o tinha visto tão de perto, nem nunca havia trocado uma única palavra com ele. Ele era o tipo de hom...