Capítulo XXXVIII

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Eu poderia passar a eternidade inteira falando sobre o quão perfeito ele estava naquela noite e ainda assim não seria uma descrição justa, era quase irreal. Meu coração palpitava, a felicidade invadia o meu peito em uma onda tão forte que lágrimas caíram por meu rosto.

Nós dois nos olhávamos profundamente, percebo também seus olhos marejados. No momento mais esperado, que foi quando o padre perguntou as famosas palavras:

— Você aceita Michael como seu legítimo esposo? — Miguel pegou a minha aliança em seguida colocou em meu dedo.

— Sim. — Miguel beija a minha mão.

— Você aceita Miguel como o seu legítimo esposo? — Coloquei a aliança em seu dedo, sua mão tremia e seu coração estava bastante agitado.

— Então eu vos declaro marido e esposo. — O padre falou e nem esperamos ele falar que podia beijar, segurei em uma cintura e lhe dei um beijo como nunca havia feito na vida.

Ao abrir os olhos após o beijo vejo pétalas de rosa branca caindo por cima de nossos corpos, ele sorria da maneira mais linda desse mundo, durante toda aquela noite não soltei sua mão nem sequer por um instante.

Cortamos o bolo de casamentos juntos, o primeiro pedaço é claro foi para o nosso filhote, ele estava tão feliz naquele dia, ele brincava pelo gramado, brincava com uns balões.

Quando chegou o momento da dança, eu segurei sem sua cintura e em sua mão. Dançávamos em meio aos convidados, com uma linda canção.

— Você está lindo demais. — Falei, seu olhar cintilava como uma estrela solitário em um céu obscuro.

— E você então, espera só chegarmos em casa. — Falou bem próximo ao meu ouvido, ele era assim sempre gostava de me provocar e também de me dar carinho, era tudo o que eu precisava. Tudo o que sempre precisei na minha vida.

— Então finalmente casados. — Falei.

— Enfim, agora eu posso mandar em você o quanto eu quiser. — Brincou e depois me deu um beijinho.

— O Anthony está tão feliz. — Ele estava dançando com o caçula do John estava tão fofinho.

— Ele vai ficar ainda mais quando o irmãozinho dele nascer. — Pensei não ter entendido o que ele quis dizer, mas pela sua expressão vejo que não me enganei.

— Você está esperando outro bebê? — Perguntei com uma felicidade inexplicável me consumindo rapidamente.

— Estou. — Quando ele confirmou lhe dei um beijo e o abracei. Eu ria como uma criança com aquela notícia eu seria papai mais uma vez, o Anthony teria um irmãozinho ou irmãzinha.

— E você já sabe o sexo? —

— Ainda não, mas se for menino vai se chamar Joseph e se for menina vai se chamar Estella. —

— O nome do meu irmão e da minha mãe. —

— Sim, não gostou? —

— Eu adorei, eu adorei meu amor.

Conforme o tempo se passava as feridas do meu passado saravam devagar, na verdade o meu remédio eram aqueles dois, Anthony e Miguel, se eu já era feliz com o meu amor depois que descobri que era papai me tornei a pessoa mais feliz desse mundo.

— Papai! — Todos os dias ele me abraçava quando acordava, ele amava brincar e depois que aprendeu a andar só vivia correndo pela casa, fiz um balanço no carvalho do quintal, eu me sentava junto dele e nos balançávamos.

Miguel continuava estudando, mesmo com a barriga crescendo a cada dia, Estella estava chegando, fiquei tão feliz quando soube que era uma menininha. Anthony gostava de conversar com ela.

— É a sua irmãzinha amor. — Miguel dizia, Anthony apontava para a barriga sem entender o que acontecia.

— É a Estella filho. — Disse.

— Tella. — Ele a chamava assim.

Amor além das fronteirasOnde histórias criam vida. Descubra agora