Acerto de Contas

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Querido Diário
Hoje é dia 17/01/22
Ainda não acredito que Alex me traiu, parece que não foi absolutamente nada o que passamos juntos, como Águia, quer dizer Robert, ah agora tenho que me acostumar a chamá-lo pelo nome, é estranho. Bem... Como ele não me deixou ligar pelo meu telefone, resolvi pegar um telefone descartável, liguei pra casa primeiro, Pietra chorou e disse que estava morrendo de saudades, meu pai também disse o mesmo, até Jake estava com saudades de mim.
Liguei para Ethan e a primeira coisa que ele me disse foi " você tinha razão sobre Christian", as coisas estão ruins para ele também, Ethan me contou que teve sua primeira vez e depois disso Christian sumiu. Ele até falou que conheceu uma garota fofa nesse tempo em que estive fora, disse que eu iria adorar ela e que ela é muito fofa. Pra alguém que disse que era gay mudou de opinião rápido, por que será né? Depois de falar com Ethan, liguei pro canalha do Alex.

Ligação:

- Alô?
- Oi, Alex. Parece que teve ótimos dias enquanto estou acampando, não é?
- Elizabeth?
- Não, tenho tatuado trouxa na testa!
- Do que você está falando?
- Não se faça de desentendido, sei que você está com aquela cadela, a mesma pelo qual você tanto defendia.
- Não fale dela assim!
- Own, virou mascote agora? Resolveram te adotar enquanto eu estava fora?
- Não sou nenhum cachorro!
- Não é o que parece, tá até de coleira. Foi bom saber disso, agora sei que você realmente não vale um centavo sequer. É só mais um vira-lata.
- Olha aqui sua... - Bip, bip, bip.

Depois de desligar joguei o telefone num bueiro, alguns metros do hospital. Quando estava prestes a entrar fui pega pôr trás, colocaram um saco na minha cabeça e senti uma pancada forte.
Quando acordei estava num galpão, amarrada numa cadeira do mesmo jeito que nossos dois falecidos membros foram encontrados, olhei em volta e tinham muitos homens armados mirando em mim.

- Ora, ora, olha o que temos aqui!
- Jasper?

Depois de alguns segundos em silêncio

- Você se lembra de mim?
- Como poderia esquecer de um traidor assasino.
- Querida Elizabeth, não fale assim, não é bom para você, na sua posição ficaria quietinha.
- Dane-se, sei que não vai me matar, suponho que ainda não.
- Muito bem, me diga, onde ele está?
- Quem?
- Você sabe muito bem! Onde ele está!?
- De quem você está falando porra!?
- Do meu pai! Onde vocês colocaram ele?
- Você entendeu tudo errado, pobre Jasper, pensei que você ainda era esperto, mas parece que essa esperteza toda sumiu, tsc. - Jasper pega uma faca, puxa meu cabelo pra trás e força a faca no meu pescoço.
- Dessa vez não sobrará nada de você. Me diga agora, onde esconderam meu pai!
- Você já sabe qual é a resposta, anda logo, se vai me matar, faça isso agora, porque quando eu me soltar você não vai mais ter essa chance.
- Se soltar? Haha! Ainda com senso de humor, pequena Lih. - como não amarraram minhas pernas dou uma joelhada na virilha dele.
- Perdeu o direito de me chamar assim no momento em que me traiu
- Sua vadia! - ajoelhado ele tenta pegar a faca que tinha derrubado depois de levar o golpe, mas quando olha pra cima, eu já tinha conseguido me soltar.
- E então? Como vai ser Jasper? Se eu te matar agora, será que eles ainda procurariam pelo seu papai? - digo puxando Jasper e colocando a faca no pescoço dele.
- Se eu fosse você, mandaria seus filhotinhos abaixarem as armas. Agora!
- Abaixem as armas! Andem logo, seus idiotas!
- Bom, totó. - digo acariciando o cabelo dele.
- Você não é tão ingênua assim, não pensei que poderia ter tanta força.
- Você não faz idéia.
- Tudo bem, por favor, vamos conversar.
- Não, acho que vou te tirar daqui primeiro. - Começo a andar segurando ele em direção a porta do galpão.
- O que você está fazendo? Me solta! - Jasper bate os braços parecendo uma galinha, mas não é forte o suficiente pra se soltar.
- Espero que fiquem aí paradinhos, se não seu chefe vira purê. Me dêem a chave do carro, agora! - Um dos homens joga uma chave pro alto e eu pego ela no ar.
- Agora vamos bebê.
- Pare de agir assim, não sou nenhuma criança!
- Shh, se não quiser morrer vai voltar a ser uma. - Abro a porta do carro e amarro Jasper com o cinto de segurança.
- Isso não é nada confortável.
- O modo de como matou dois membros meus também não foi agradável. - Ligo o carro e começo a ir em direção ao aeroporto, onde sei que Robert e Sebastian estão me esperando, já que quando fui fazer a ligação, tinha acabado de combinar com eles para nos encontrarmos no aeroporto para voltarmos para São Francisco. Não pensei que nesse meio tempo seria sequestrada pelo burro do Jasper e seus homens.
Chegando lá, Robert me vê e acha estranho eu estar de carro, mais ainda por saber que não dirijo.

- Onde você estava? De onde tirou esse carro? - Robert.
- Cale a matraca e vê se compra mais uma passagem!
- Liza, por que está falando assim minha flor? - Sebastian.
- Seby me ajuda a tirar ele do carro. — Saio do carro e vou em direção a porta de trás.
- Tirar quem? - Robert.
- Robert vai comprar mais uma passagem, o que está fazendo aqui ainda?
- Por que você tá falando assim comigo lobinha? De onde saiu esse galo na sua cabeça? - Robert.
- Faz o que eu estou mandando Rob, não temos tempo. Te explico quando estivermos dentro daquele avião. Sebastian me ajuda! - Sebastian abre a porta e dá de cara com Jasper amarrado no banco do carro.
- Jasper!? - os dois falam juntos.
- Sim, é ele merda! Agora vamos logo antes que aquele monte de gente armada nos encontre!
- Tô indo comprar as passagens! - Robert fala começando a correr para dentro do aeroporto.
- Tô indo te ajudar a tirar ele daí! - Sebastian diz indo em direção a Jasper.
- Até que enfim!

Depois de tirar Jasper do carro, seguramos ele pelos braços e fomos fazer o check in, onde estava Robert com uma passagem extra na mão depois de implorar para a moça que estava no balcão vender mais uma passagem pra ele, não sei como ele conseguiu convencer ela, mas ela estava com a cara de que queria que ele embarcasse logo no avião. Quando embarcamos Jasper tentou gritar, mas Robert colocou um pano na boca dele.
- Se você berrar juro que te arrebento. - Robert.
- Bem, não se vê isso todo dia! Hahaha. - Sebastian.
- Tem razão Seby, não mesmo! Haha.

Sentei no lugar que estava marcado e Sebastian sentou ao meu lado, na nossa frente estava Robert e Jasper. Depois de um tempo peguei no sono, mas dormi por apenas 4 horas, nosso vôo estava programado para levar 12 horas, muito tempo até chegar em casa, resolvi perguntar onde os meninos iam ficar.
- Sebastian alugou uma casa pra gente, perto da sua, não se preocupe lobinha. - Robert.
- Mas e o Jasper?
- Tá tudo bem Liza, os membros também vão estar lá, ele vai ter muito o que fazer. - Sebastian.
- O que? Quando iam me contar que todos estarão reunidos nos esperando em São Francisco?
- Eu ia te contar agora, mas o boca grande não perde nada né. - Robert.
- Aí, não me chame assim! - Sebastian.
- Por favor deixem pra brigar fora do avião. - Jasper.
- Como foi que você tirou o pano da goela? - Robert.
- Do jeito que você está tão distraído, suponho que seja fácil fugir quando estiver em São Francisco. - Jasper.
- Robert se você deixar esse canalha fugir juro que te quebro! - Sebastian.
- Sebastian já que é tão durão por que não fica no meu lugar? - Robert.
- Chega, não veem que quanto mais se distraem mais divertido ele acha? - Os dois olham para Jasper que está se divertindo com a situação toda.
- Tudo bem engraçadinho, quando sairmos daqui vou te dar uma pisa! - Robert.

Depois de Robert xingar Jasper, eu acabo caindo no sono de novo, quando acordo já é de manhã, a aeromoça trás nosso café da manhã bem no momento em que meu estômago faz um enorme barulho, estava tão silencioso que todos riem após isso, depois de pegar meu café me afundo no assento, rezando pra chegarmos logo. Sebastian faz carinho na minha cabeça enquanto diz que está tudo bem. Ele age como se eu fosse uma irmãzinha pra ele, e confesso que eu gosto muito.

- Tudo bem seu tapa buraco já chega! - Robert.
- Mesmo estando amarrado consigo te acertar cara! - Jasper. - os dois dizem um atrás do outro.
- Poxa quanto amor, eu só estava deixando ela mais confortável. - Sebastian.
- Obrigada Seby.
- De nada minha pequena.
- Sua!? - dizem juntos.
- Chega meninos, parecem bebês!

Horas depois, chegamos em São Francisco. Quando desembarcamos pedimos um táxi e fomos em direção a casa que Sebastian alugou. Chegamos lá e resolvemos trancar Jasper no porão, lá era mais um quarto que um porão, tinha uma cama de casal, banheiro e até uma televisão, ele com certeza ficou confortável. Porém, diferente dele, um de nós iam ter que dormir juntos, já que todos os outros quartos estavam ocupados, nossos membros chegaram antes de nós, não me pergunte como.

- Vamos de pedra, papel e tesoura?
- Okay. - Robert.
- Por mim, tudo bem. - Sebastian.
- Pedra, papel, tesoura!
- Rá, ganhei! - Sebastian
- Bem, parece que vamos dormir juntos lobinha. - Robert.
- Seby tenha piedade.
- Hahahaha, sinto muito minha flor, mas eu não sou louco de dormir com ele. - Sebastian
- Para de chamar ela de sua! - Robert.
- Para de ser possessivo, eu não sou de ninguém!
- Ainda!
- Do que estão falando?
- Nada!
- Então por que estão falando juntos? Ei, voltem aqui!

Os dois saem correndo e cansada demais pra bater neles vou para o quarto, onde vou ter que dormir com Robert, não acredito que vou ter que fazer isso, deveria ter ido pra casa...

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