De verdade ou de mentira?

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oiii... então, eu sei que demorei, mas em minha defesa eu tenho um ótimo motivo pro meu sumiço, que inclusive eu adoraria compartilhar com vcs.

então, acontece que eu estava de mudança e esse processo de mudança já começou dia 2 de abril quando eu fiquei doente, saí da minha cidade no interior do Ceará pra morar no Rio de Janeiro, esse último mês foi uma loucura sem fim, quem já saiu do interior pra cidade grande sabe que é uma adaptação difícil, mas prometo que vou tentar voltar às atualizações  normais, obrigada a todo mundo que teve paciência pra esperar, garanto que li cada um dos comentários de vcs msm q não tenha tido tempo de responder, muito obrigada a todo mundo q me mandou dm, um beijo pra vcs e fiquem com o novo capitulo, boa leitura.

Já eram cinco da manhã quando nós finalmente voltamos à mesa da cozinha, nessa hora Ramiro decidiu que o que realmente precisávamos era de um chocolate quente, que curiosamente calhou de ser a minha bebida favorita.

Então, ali estava ele parado em frente ao fogão preparando-a com toda calma do mundo.

- Você vai tá um caco no trabalho daqui a pouco.- Comentei.

- Não pretendo ir trabalhar.

- Não? Você pode fazer isso?

- Tecnicamente sim, mesmo trabalhando em um escritório que não é meu, ainda sim sou autônomo quando se trata de casos, é complicado de explicar, e mesmo assim eu nunca em todos os meus anos de carreira faltei ao trabalho, acho que ninguém vai se importar.

- Uau, impressionante, e desculpa por você ter que...sabe? Ter sua primeira falta no trabalho.

Ele baixou um pouco o fogo e se virou pra mim.

- Kelvin eu realmente preferia não ter tido que passar por essa crise, mas eu aceitei que há algo mais importante que o trabalho.

E eu não soube o que responder, já que o certo seria "Não coloque um homem antes do seu trabalho" mas eu tinha prometido ser melhor e falar isso quando o homem era eu, podia soar bem auto depreciativo.

- Acho que vou fingir que tô doente também.

- Você passou por algo muito duro, não acho que seja mentira cem porcento.

Encarei Ramiro enquanto ele voltava a mexer a panela.

- E eu digo tipo oque? Que uma matéria de jornal me deixou assim?

Logo ele voltou com duas canecas cheia de chocolate quente fumegando nas mãos, as repousando sobre a mesa.

- Não menospreze seus sentimentos, ontem foi um dia bem difícil.

- Alguns problemas precisam ser menosprezados pra eu poder resolver outros, tudo de uma vez não dá.

- Você precisa aprender a encarar o mundo como ele é, algumas coisas ganham mais poder quando são escondidas, deixe sair vai ver que fica mais fácil.

- Não vem pagar de coach motivacional, não tem coisa mais brochante do que se imaginar com a língua na boca do Pablo Marçal.

Ramiro ficou brincando um pouco com a caneca enquanto esperava esfriar e pensava.

- Já que tocamos no assunto de...

- Brochar?

- Esconder o que sente.

- Ah, isso também.

- Como eu ia dizendo, você disse lá no banheiro que já estava sentindo que isso que nós temos não parece mais ser de mentira, como acordado a priori.

- Você fez de propósito?

- O que exatamente?

- Usar "a priori" isso meio que me obriga a te zuar.

Procura-se um namorado- kelmiroOnde histórias criam vida. Descubra agora