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Entre soluços e lágrimas, a sensação de achar que não é confiável é horrível. Mesmo que fosse para me proteger, eu gostaria que ele me contasse. Enquanto eu tentava conter o pranto, sentada no sofá da casa de Minami, ele foi para a adega em busca de alguma bebida. O eco dos meus soluços preenchia o ambiente, contrastando com a serenidade daquele espaço. A descoberta criava um turbilhão de emoções que me deixava em frangalhos. Eu ansiava por compreensão e acolhimento, desejando ardentemente esclarecimento diante da tormenta que se agigantava dentro de mim.
Qual a necessidade de meu pai esconder isso de mim?
Por que ele não poderia simplesmente me dizer a verdade? Ele é meu pai, eu jamais sairia espalhando isso. Agora estou com um sentimento ruim no peito, como se não fosse digna de confiança aos olhos dele. Queria a tia Emma e o tio Izana para me ajudar nesse momento, até mesmo minha tia distante agora seria reconfortante.
Eu estava sentada em um sofá com meus joelhos apoiados nele, abraçando-os e colocando minha cabeça sobre eles.
—— Você está chorando? — ouço ele perguntar assim que retorna para a sala, mas não terá nenhuma resposta, pois não desejo conversar. Menos ainda com ele, que também está envolvido nisso. Mas, e se estiver sendo dramática? E se estiver exagerando? Talvez meu pai estivesse certo em não me contar. Além disso, só sei que minha mãe morreu por causa de uma gangue porque meu pai me contou. Nem cheguei a conhecê-la, pois ainda era um bebê. E se estiver ultrapassando os limites? Mas, e se estiver certa? —— Posso te abraçar?
Fiquei encarando-o por alguns segundos parado em minha frente com os braços abertos.
—— Se demorar demais meu bom humor vai embora e eu não vou mais querer te abraçar. — ele proferiu me chamando com as mãos enquanto olhava para os lados. Balanço a cabeça negativamente e fico de joelhos o abraçando. Minha cabeça estava apoiada em seu tronco, enquanto minhas mãos deram uma volta em sua cintura, poucos centímetros para se tocarem. Ele estava quentinho, e seu abraço e tão bom, me lembra o abraço do tio Ken.
—— Pronto, passou, passou. — Ele murmurou — pode me soltar agora?
—— Só mais um pouquinho— Murmurei de volta, apertando os braços em sua cintura. — está tão bom aqui.
—— Eu sei que tá bom, mas preciso te levar pra casa. — Respondeu. Mas me acomodei ainda mais em seus braços — estou avisando, se não me soltar vou te levar a força.
Fiquei surpresa quando ele envolveu os braços ao redor da minha perna e me ergueu, iniciando um passeio comigo. Senti-me tão pequena em seus braços. Encostei minha cabeça em seu peito e fechei os olhos.
—— 'Cê é folgada em garotinha.
—— O que disse? Não entendi. — Ele havia falado no mesmo idioma que a Maria, então ele também é brasileiro...
—— Nada de relevante.— falou, me deixando deverás curiosa.
Ele me conduziu ao banco da frente, deu a volta no carro, entrou e assumiu o volante. Estiquei minhas pernas e as cruzei, observando pela janela.
—— Você mora sozinho? — Sua residência parecia imponente por fora, e eu só pude vislumbrar a sala. Se eu habitasse um local daquele porte sozinha, certamente me sentiria sufocada pela solidão.
—— Sim. Contudo, raramente estou em casa. — respondeu de forma concisa.
—— Compreendo.
Ele conduzia rapidamente entre os veículos que se aproximavam em sentido contrário. A brisa entrava pela janela, fazendo com que eu erguesse minhas pernas e as abraçasse, sem sucesso, para me aquecer. No entanto, a paisagem era linda, com as ruas completamente iluminadas, movimentadas e animadas. A lua estava deslumbrante nesta noite, perfeitamente redonda, e trouxe à minha mente lembranças da minha infância ao lado de meu pai. Essas que nunca esquecerei. Lentamente, a janela foi se fechando, obscurecendo a bela vista da cidade, mas agora eu me sentia um pouco mais aconchegada.
Pensando um pouco, acredito que devo permitir que meu pai se explique. Talvez assim eu compreenda o motivo dele ter ocultado isso de mim e de ser o líder de uma organização criminosa, como Minami mencionou, a maior do Japão. Talvez eu tenha agido impulsivamente, perdido um pouco o controle, e antes de julgar e tirar conclusões precipitadas, eu deveria tentar compreender o ponto de vista dele, sim?
Mas, a palavra 'gangue' para mim tem um significado muito forte. Quando ouço essa palavra, lembro-me de mortes, manipulações, armas, prostituição, crimes e traições. É algo grandioso, que não conhece limites.
Isso me fez lembrar que, quando eu tinha 15 anos, tive a minha primeira desavença na escola, pois uma colega difamou-me perante todos, inventou mentiras e agiu pelas minhas costas. Isso foi como uma traição para mim. Naquela época, eu não compreendia, mas ao contar ao meu pai, ele disse: "Traidores não merecem perdão, pois se traírem uma vez, trairão novamente, pois a traição é uma escolha. Só posso dizer uma coisa: aqueles que cometem tal ato merecem ser punidos com rigor".
Será que é assim que funciona em sua gangue? Pai.
—— Você está muito calada. Tem certeza que está bem? Não tá planejando nem um plano de vingança, né? — ouço o mais velho ao meu lado perguntar, desvencilhando-me de meus pensamentos. — caso seja isso, posso te ajudar, adoraria tirar sarro da cara daquele baixinho.
—— Não seu, besta. Só processando tudo, para não tirar nenhuma conclusão precipitada. — ele concorda devagar com a cabeça sem tirar os olhos da estrada.
—— Quer parar em algum lugar para distrair ou comer? — ele pergunta.
—— Não, só preciso de minha casa e uma boa noite de sono nesse momento. — Não obtive nenhuma resposta ou pergunta novamente então encostei novamente minha cabeça na janela, fechando meus olhos por alguns segundos.
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Assim que parou em frente à casa dos Sano's, ele a chamou, mas no mesmo instante percebeu que ela havia dormido. Novamente ele a pegou nos braços e caminhou com ela até sua casa, chamando-a de folgada, mas não conseguirá negar que gostou desse jeitinho. Manjiro ainda não havia chegado em casa, mas permitiu que South Terano entrasse, deixasse sua filha segura e acomodada enquanto ele não estivesse.
—— Dois folgados, tal pai tal filha. — olhou novamente para a cama onde a garota estava deitada, apagando a luz e se retirando do cômodo.
Capítulo revisado, e com palavras á mais! Nesse capítulo a Harleen e o Minami já havia dado o primeira beijo, muito rápido, sim? Dúvidas? Votem e comentem.