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Dias se passaram desde a grande descoberta de minha vida, mas parece que nada mudou. Porém, meu pai tornou-se mais protetor e próximo de mim, talvez por receio de que eu passasse a rejeitá-lo, algo que, com certeza, eu nunca faria. Meu tio, Hajime Kokonoi, também tem tentado se aproximar ultimamente. No início, fiquei um pouco receosa, mas, é claro, compreendo o lado dele. Haru também foi a razão pela qual consegui compreender tudo. Nos últimos dias, ele esteve mais próximo de mim, oferecendo conforto, consolação e esclarecendo minhas dúvidas. Acima de tudo, ele me ajudou a manter a calma para não surtar.
Entrei na escola atravessando o corredor e indo em direção ao meu armário. Guardei minha mochila, colocando alguns livros nela. Fechei o armário e peguei meu telefone, enviando algumas mensagens para Maria. Assim que me virei para ir em direção à minha sala, observei a cacheada vindo furiosa em minha direção.
—— O que houve, Maria? — perguntei assim que ela se aproximou. Mas antes de responder, ela colocou o rosto no meu colo, soltando um longo grito abafado. — Está tudo bem?
—— Não, não está. Uma japonesinha de merda saiu espalhando que eu estava me envolvendo com os Kawatas em troca de notas no fim do ano. Por isso, eu faltei às aulas passadas, para não surtar. Mas por onde passo, alguém me olha cochichando. — Ela colocou ambas as mãos em suas bochechas e alisou para baixo em meio a um suspiro. — Isso não vai ficar assim, essa vagabunda vai ver só.
—— O que você vai fazer com ela, Maria? — perguntei em meio às gargalhadas. Ela estava tão furiosa que parecia que ia sair fumaça de sua cabeça. — Tinha que ver como você está vermelha.
—— Tenho motivos — neguei devagar com a cabeça, enquanto andávamos em direção as nossas salas. — No almoço, essa vaca vai ver só, vou até ligar para o South.
—— South? — Uma pontada de nervosismo me atingiu. Será que vou conseguir conhecê-lo? Nesses últimos dias também procurei informações sobre ele, mas não achei nada, nem uma foto.
—— Você se acostuma. — Ela deixou o celular de lado e virou-se para mim. O seu cabelo, que antes estava solto, agora estava preso em um coque alto, o que a deixou ainda mais bela. — Ele sempre está sabendo de tudo.