segredo

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— Noona...

Mun finalmente se sente aliviado por ver que ela acordou.

Hana então sorri fracamente e diz com a voz rouca.

— Oi mun...

— Não fala noona, você tem que esperar suas cordas vocais melhorarem. Eu vou deixar você descansar agora.

Mun sai deixando Hana voltar a dormir. Ela o queria por perto como já estava, mas aproveitou sua condição de fala e a pouca coragem que tinha para não chamá-lo de volta.


Na manhã seguinte, Mun continuou a cuidar de Hana, mas ele estava diferente das memórias que ela leu. Nas lembranças, ele estava visivelmente preocupado, enquanto agora ele cuidava dela mais por obrigação do que por emoção.

Sentados à mesa, Mun serviu o café da manhã, colocando porções pequenas como de costume no prato dela. Ele também se sentou e pegou uma colher, mas antes que pudesse começar a comer, Hana antecipou e experimentou primeiro, deixando Mun surpreso. Com um sorriso, ela disse:

— Uau! Isso está incrível.

— Você comeu primeiro... - ele disse, perplexo.

— Eu confio em você, Mun - ela respondeu com um sorriso.

Mun sorriu de volta e agradeceu por ela confiar nele.

— Obrigada por confiar em mim noona, isso me deixa aliviado.

Hana notou o sorriso e comentou:

— Você voltou a sorrir.

Enquanto continuavam a comer, Mun sentiu uma felicidade genuína. Ele nunca havia experimentado uma emoção tão intensa. Tudo que era intenso agora se chamava Do Hana. Ela despertava nele emoções que nunca havia sentido antes. Ele queria cuidar dela, mas sabia que precisava manter uma distância considerável.

Ao terminarem de comer, Hana se ofereceu para ajudar a lavar os pratos.

— Me deixe ajudar a lavar os pratos.

— Não há necessidade, eu posso fazer isso - respondeu Mun, retomando sua frieza habitual.

Hana, irritada, perguntou:

— Mun, você sofre de mudanças de humor rápidas?

— Não estou entendendo você, senhorita Do - respondeu ele, confuso.

— Primeiro você sempre esteve perto de mim, mas nos últimos dias se afastou. Quando Si-woo me atacou, você voltou a se aproximar, mas assim que acordei você voltou a ficar frio. E hoje de novo isso.

— Desculpe, eu só não quero te machucar - explicou Mun.

— Com o que? Machuca ver você distante - disse Hana, expressando sua mágoa.

— Eu posso me tornar um perigo, Hana, para você e para as pessoas à minha volta - confessou Mun.

— Perigo? Por quê? É sobre você dizer que é diferente? - questionou Hana, confusa.

— Sim, e nesse momento é melhor você ir descansar - disse Mun, evasivo.

— Mais segredos, né... ótimo, vou ficar longe de você - concluiu Hana, magoada, antes de sair da sala.

Após a saída de Hana, Mun ficou sozinho na cozinha, perdido em seus pensamentos. Ele sabia que afastar Hana era doloroso para ambos, mas ele tinha seus motivos, mesmo que não pudesse compartilhá-los totalmente com ela. Mun suspirou profundamente, sentindo o peso de suas escolhas.

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