Loucura

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O vento cortante da noite chicoteava o rosto de Hana enquanto ela corria em direção à entrada do prédio. Seus olhos buscavam por rostos familiares entre a multidão de desconhecidos que chegavam, rindo e conversando animadamente.

Deslizando pelos corredores do primeiro andar, Hana se esquivava habilmente dos seguranças pessoais de Jade e Lee Joon. Seu coração batia forte, a adrenalina pulsando em suas veias enquanto procurava pela resposta que precisava.

Finalmente, avistou Jade e, sem hesitar, a lançou contra a parede, fazendo-a gritar de surpresa e dor.

— Ah, eu estava mesmo querendo ver você, Hana. — Jade provocou, tentando manter a calma mesmo diante da adversidade.

— Onde está o Mun? — exigiu Hana, sua voz carregada de determinação e desespero apontando a arma para a garganta dela.

— Não vou falar... — Jade retrucou, desafiadora.

— Fala agora, ou eu juro que você vai entrar na cadeia só pela metade! Cadê o So Mun? — Hana pressionou, sua paciência se esgotando rapidamente.

— No último andar, mas olha o explosivo já foi ativado. Você tem o que? 18 minutos? — Jade respondeu, seu tom de voz indicando que estava se divertindo com a situação.

O coração de Hana pareceu parar por um instante. Ela deixou baixar a guarda por um momento, fazendo com que Jade se desvencilhasse e corresse para longe.

Com determinação renovada, Hana correu para o elevador, mas seus planos foram frustrados ao ver que estava fora de serviço.

— Merda. Droga... Mun, por favor... — ela murmurou, frustrada, enquanto se dirigia às escadas.

Desistindo dos saltos, ela começou a subir os nove lances de escadas, um por um, cada degrau parecendo mais alto que o anterior. Seu fôlego se esgotava a cada passo, mas sua determinação era inabalável.

Enquanto subia, Hana ligou para Motak, seu coração batendo forte, a voz sem fôlego, mas cheia de urgência e esperança:

— Motak, é a Hana... O Mun está no último andar, mas... a bomba já foi ativada. 

Hana respirava com dificuldade, o desespero se misturando com a angústia e o arrependimento. Cada segundo parecia passar mais rápido do que nunca, e ela sabia que o tempo estava se esgotando.

— Oh céus! Ok Hana, vamos chamar o esquadrão antibombas, continue na ligação. — Motak orientou, mantendo a calma para tranquilizar Hana.

Enquanto corria pelos corredores, as lágrimas rolavam pelo rosto de Hana, sua mente uma mistura de pensamentos caóticos e medos crescentes. Ela finalmente chegou ao último andar e avistou o cofre de metal. Um breve olhar revelou que era feito de titânio.

— Mun? Você tá aí? — ela chamou, esperando por uma resposta que confirmasse que ele estava bem.

Do outro lado, Mun sentiu um misto de alívio ao ouvir a voz de Hana, mas também um renovado medo ao enfrentar a realidade sombria de sua situação.

— Sim, Hana. — sua voz soava abalada, mas firme.

— Quanto tempo falta? — Hana perguntou, a urgência evidente em sua voz.

— 10 minutos. — Mun respondeu, e a contagem regressiva implacável ecoou entre eles.

Hana transmitiu a informação para Motak, esperando por uma solução milagrosa.

— Falta só 10 minutos, quanto tempo eles vão levar para chegar? — ela perguntou, ansiando por uma resposta que pudesse trazer esperança.

— Hana... 15 minutos... — a resposta de Motak foi como um balde de água fria, fazendo o desespero crescer dentro dela.

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