A Arte Do Crime

Revelação

Mun então alerta Motak e Jeok-bong com determinação:

— Não interfiram. Não pretendo matá-lo; apenas quero evidências concretas.

Ele se agachou, encarando o espírito maligno.

— Existem formas fáceis, mas prefiro o caminho difícil.

Pegando o celular, iniciou a gravação.

— Agora, você vai me dizer o que fez com a família de Hana.

O espírito respondeu com desdém.

— Nem sonhando.

— Está bem - Mun quebrou a perna do espírito, com a sua piscicocinese e que fez ele gritar de dor. — Posso continuar o dia inteiro. Fale agora!

O tio de Hana permaneceu em silêncio, e Mun, sem paciência, quebrou a outra perna.

— Isso não é crime? – o espírito pergunta, com dor. E tenta dar um soco em Mun, mas é impedido pela piscicocinese.

— Não tão grande quanto os seus — Mun pega a mão dele e começa a quebrar seus dedos.

— Está bom, está bom, eu falo.

Ele então confessa o que fez anos atrás, e Mun grava tudo.

Hana observa de longe, notando como Mun permaneceu sem expressão enquanto fazia seu tio confessar. Os outros caçadores observam, com uma mistura de fascínio e medo, ao verem a determinação implacável de Mun em obter a verdade.

Mun invoca o espírito maligno e testemunha sua expulsão para o inferno. No além, Wigen o encara seriamente.

— Eu te pedi para manter distância de Hana, mas você claramente desenvolveu sentimentos por ela...

Mun suspira, confessando:

— Wigen, eu não consigo suportar vê-la triste.

— Você está apaixonado por ela, Mun. - Wigen afirma.

Surpreso, Mun questiona:

— O quê?

Os outros caçadores chegam, interrompendo a conversa. Motak, com um olhar reprovador, pergunta:

— Seu moleque, como você pode agir assim?

Snr.Chu se manifesta:

— Mun, você age por impulso. Isso não é adequado para um caçador.

Jeok-bong também expressa sua preocupação:

— Você torturou o espírito para obter uma confissão. Isso não é ético nem aceitável para nós.

Mun olha para Hana em busca de alguma reação, mas ela apenas o encara com gratidão. Ela estava grata, mas percebia algo estranho em Mun - sua frieza e impulsividade, características que não condiziam com os princípios dos caçadores.

Com ar de arrependimento, Mun murmura:

— Eu sinto muito.

Mun decidiu abrir seu coração, mesmo sabendo que suas palavras poderiam complicar as coisas. Ele queria que os caçadores entendessem que trabalhar com ele poderia ser desafiador por causa de quem ele era. Mesmo com o medo ecoando em seu coração e mente, ele sentiu que era importante contar a verdade, mesmo que isso significasse correr o risco de ser rejeitado.

Wigen olhou para Mun com seriedade, já antecipando o que estava por vir.

— Sinto muito, mas tenho transtorno de personalidade antissocial, sou um sociopata. Eu sinto emoções, mas de uma maneira diferente. Não consigo entendê-las completamente, mas me importo com Hana, de uma forma estranha. Não quis machucar o espírito, só queria que ele pagasse pelos crimes.