A Arte Do Crime

Descoberta

No dia seguinte, faltavam exatas 10 horas para a festa e 11 horas para a mercadoria ilegal começar a transitar pela cidade e entrar em um navio.

Jade estava concentrada em seu escritório quando um de seus funcionários chegou.

— Senhora, aqui está o que pediu — disse o funcionário, entregando-lhe um pacote.

Jade pegou o pacote sem dizer uma palavra, apenas fez um gesto de agradecimento e o funcionário saiu.

O pacote amarelo estava lacrado, e Jade pegou a tesoura para abrir. Ao ver as fotos que recebeu, ela se sentiu idiota por não ter mantido sua desconfiança sempre alerta.

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Mun, sem ânimo algum, mal havia dormido desde que saiu do departamento de polícia no dia anterior, onde ele, Hana e a equipe traçaram um plano para prender todos os envolvidos depois da festa no porto de embarcações.

Sentado, ele exibia pequenas olheiras, estava pálido por não ter comido nada nas últimas 12 horas.

Levantou-se contra sua vontade e entrou no banheiro, deixando a água gelada cair sobre si, na esperança de que isso o acordasse e o mantivesse de pé. Ao sair, vestiu uma calça e uma blusa social.

Caminhou até a geladeira e forçou-se a comer uma fruta. Foi então que ouviu alguém tocar a campainha repetidamente. Relutante, dirigiu-se à porta e a abriu, deparando-se com Jade, Lee Joon e dois homens altos e fortes que pareciam ser seguranças.

— O que estão fazendo aqui? — perguntou Mun, alarmado.

Jade riu de canto e respondeu:

— Como ousa nos enganar, detetivezinho? — Ela mostrou fotos dele e de Hana trabalhando como detetives.

Os olhos de Mun se arregalaram e ele tentou fechar a porta, mas foi impedido. Os quatro entraram e ele se sentiu encurralado. Lee Joon ordenou:

— Peguem ele.

Os dois homens avançaram em direção a Mun, que tentou se defender, mas sem forças e com a perna machucada, estava extremamente vulnerável. Tentou escapar, derrubando alguns objetos no processo, mas acabou sendo golpeado na cabeça por um dos homens, fazendo-o desmaiar.

Antes de perder a consciência, Mun ouviu Jade dizer a Lee Joon:

— A próxima é Hana, e ela vai pagar caro.

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Mun abriu os olhos lentamente, sentindo a vertigem passar por ele. Sua boca estava seca, com um leve gosto de sangue. Ao olhar ao redor, percebeu estar em um lugar claro, feito de metal, como um cofre.

Suas mãos estavam fortemente acorrentadas o machucando e o deixando sem saída.

A porta redonda se abriu, revelando Jade, Lee Joon e outro homem. O homem questionou:

— Foi ele que tentou nos enganar?

— Sim — confirmou Jade.

O homem riu e desferiu um soco no nariz de Mun, fazendo-o gemer de dor. Uma onda de irritação perpassou seu corpo. Ele queria retomar o controle da situação, mas estava fraco demais para lutar.

— Você vai morrer. Revelou nossos negócios... então você e as provas desse prédio vão explodir — disse o homem, fazendo gestos com as mãos para enfatizar suas palavras.