punição

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- De quem é esse sangue ? - ela pergunta já com os olhos cheios de preocupação.

- Desculpe, eu me descontrolei.

- Mun, o que você fez?

Mun sem expressão, diz:

- Ele machucou você, eu não suporto a ideia dele tocar em você Hana...

Hana engole seco preucupada com a loucura que ele pode ter cometido.

- Ok, mas não faça nada assim de novo, você não pode.

- Eu sei, sinto muito.

Os olhos de Mun se iluminam no tom de azul e ele ouve a voz de Wigen.

- So Mun, você e toda a sua equipe no além, agora.

Ele pode sentir a raiva na voz de seu espírito Yung e sabe que vai ouvir muitas advertências.

- Estamos indo wigen.

Toda a equipe estava reunida na sala do conselho do Além. Motak foi o primeiro a questionar:

- O que está acontecendo?

A inspetora, visivelmente irritada, disse:

- So Mun, não discutimos que você deveria se controlar? Não prometeu que continuaria melhorando?

Mun baixou a cabeça e disse apenas duas palavras:

- Sinto muito.

Impaciente, Snr.Chu perguntou:

- Alguém pode explicar o que aconteceu?

A inspetora, agora um pouco mais calma, apontou para o telão, onde a cena começou a ser reproduzida. Mun estava batendo em Do-whi sem piedade alguma.

Ele olhou para Hana para ver sua reação, mas seu peito doeu ao perceber um leve traço de medo nos olhos dela.

Ao terminar a cena, Jeok-bong suspirou, arrependido de ter entregado o endereço.

Motak, irritado, disse:

- Já conversamos sobre isso, moleque.

Mun não respondeu, apenas esperou pela reprimenda.

Então, Wigen falou:

- Mun, estou muito decepcionada. Como pôde fazer isso?

Irritado, Mun respondeu:

- Ele machucou Hana, não só agora como no passado!

A inspetora rebateu:

- Isso não importa. Usou seus poderes de caçador e violou mais uma regra. Está ciente de que acumulou 4 advertências agora?

- 4? - Hana perguntou, perplexa.

A inspetora, com um sorriso irônico, respondeu:

- Não sabia, Do Hana? Mun já acumula 4 advertências. A primeira foi por agressão a estudantes, a segunda quase resultou na morte do espírito que assassinou seus pais, a terceira foi quando ele torturou seu tio para obter uma confissão, e agora, agrediu gravemente seu ex-namorado.

Hana ficou petrificada, o coração estilhaçado. Duas advertências por causa dela.

A inspetora continuou:

- Mun, você é nosso melhor caçador, admiramos muito você, mas não podemos deixar isso passar. Antes que exceda o número de advertências, perderá temporariamente seu cargo de caçador.

- O quê? Punição? Não podem fazer isso... E a missão? Sabem o que acontece se eu perder meus poderes...

- Sabemos, Mun, mas é temporário. Reflita neste período. Sua perna não o impedirá de concluir a missão.

Hana olhou para ele, os olhos marejados, e perguntou com a voz inaudível:

- O que aconteceu com a sua perna?

Mun não respondeu, apenas dirigiu-se a Wigen e à inspetora:

- Por favor, não posso perder este posto.

- Já disse, Mun, é temporário! Ninguém aqui quer perdê-lo definitivamente, afinal, você já fez muito por vários outros caçadores. Mas não podemos permitir que você faça o que quiser, mesmo sabendo sobre sua sociopatia. Isso não será justificativa para sempre.

- Eu sei, não quero usar minha condição como desculpa, mas por favor...

- Sinto muito, ficará sem seus poderes até segunda ordem. Wigen, cancele o contrato temporariamente.

Wigen caminhou até ele, com pesar, e encerrou o contrato. Todos viram os olhos azuis de Mun brilharem por alguns segundos, e ele desapareceu do Além.

Motak, Jeok-bong e Snr.Chu não puderam contestar, foram chamados para ver os fatos. Apenas concordaram e saíram.

Antes de Hana sair, Wigen a deteve:

- Do Hana, você sabe que é uma influência e tanto para as emoções dele, não é?

- Eu sei...

- Ele acumulou 2 advertências por sua causa.

Aquilo confirmou o que Hana sentia dentro de si. A culpa.

Wigen continuou:

- Você desperta algo que eu pensava que Mun nunca poderia experimentar, mas está intenso demais... pense um pouco, Hana.

Hana assentiu e saiu do Além. Ao retornar, viu Mun sentado ao lado dela. Observou seus cabelos longos e lisos, e o olhar triste que ele carregava. Mun se levantou, começou a mancar, e Hana perguntou com a voz embargada:

- O que aconteceu com a sua perna?

Mun parou e se virou, respondendo com a voz cheia de dor:

- Quando meus pais morreram no acidente de carro, machuquei a perna. Só ficou curada por causa dos poderes de caçador.

Hana sentiu um aperto no coração e disse com lágrimas nos olhos:

- Mun, precisamos conversar.

- Está com medo de mim, noona? - Mun perguntou com a voz trêmula.

Hana soluçou ao responder:

- Não, eu só fiquei surpresa, Mun... O que eu quero dizer é que a culpa é minha. Você acumulou 2 advertências por minha causa.

Mun interrompeu, sua voz carregada de tristeza:

- Pare. Eu fiz aquilo porque quis. Você não pediu.

- Mas foi movido pelos seus sentimentos por mim.

- Hana, eu... você sabe da minha condição. O Além sabe que eu não posso mudar totalmente. Não é sua culpa.

- Vamos dar um tempo.

- Do que está falando, Hana? - Mun perguntou desesperado.

- Eu preciso pensar... Sua raiva explodiu para me proteger, então é melhor eu não fazer parte da sua vida.

Mun sentiu seu coração se partir e implorou:

- Por favor, Hana... Não faça isso. Não tem sentido.

- Tem sim - Hana respondeu com a voz trêmula, as lágrimas já escorrendo por seu rosto.

Hana saiu do quarto, deixando-o sozinho, e voltou para o seu antigo apartamento. Uma dor a consumia, uma fúria por parecer patética a ponto de Mun ter que ir quebrar a cara de seu ex. Sentia culpa por ele ter 2 advertências.

Na sua antiga cama, as lágrimas caíam, e ela teve um pensamento forte e angustiante:

"Como pude pensar que eu poderia dar certo com alguém? Eu só trouxe problemas..."

Oi pessoal! Espero que tenham gostado. Comentem plisss. Amo ler seus comentários são um grande incentivo. Até breve!

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